O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) rasgou, em público, uma moção de repúdio aprovada pela Câmara de Niterói em abril passado, por causa das declarações homofóbicas feitas pelo parlamentar a programa de TV, em março.
Sabendo que o deputado participaria de uma palestra na Universidade Federal Fluminense (UFF), o vereador Leonardo Giordano (PT), autor da proposta, tentou entregar o documento ao parlamentar, mas ele rasgou o documento diante da plateia. O ato revoltou os estudantes, que passaram a vaiar e hostilizar o político.
A tentativa de entregar a moção aprovada por todos vereadores aconteceu quando ele fazia uma palestra sobre “Direito, homoafetividade e sexualidade”, na Faculdade de Direito da UFF. De acordo com Giordano, além do desrespeito manifestado contra a moção do Legislativo de Niterói, Bolsonaro disse ser contra a Comissão da Verdade para apurar os crimes da ditadura.
A tentativa de entregar a moção aprovada por todos vereadores aconteceu quando ele fazia uma palestra sobre “Direito, homoafetividade e sexualidade”, na Faculdade de Direito da UFF. De acordo com Giordano, além do desrespeito manifestado contra a moção do Legislativo de Niterói, Bolsonaro disse ser contra a Comissão da Verdade para apurar os crimes da ditadura.
“É lamentável que um representante público se comporte dessa maneira. Como já era de se esperar, Bolsonaro apresentou argumentos machistas, homofóbicos e, ao rasgar a moção, deixou bem claro o desrespeito que tem por opiniões diferentes das dele, mesmo quando partem de uma instituição legítima como a Câmara de Niterói.”
VEJA O VÍDEO DO TUMULTO
Durante o evento, Bolsonaro teria afirmado nunca ter recebido um só processo por suas declarações, mas foi desmentido pelo vereador niteroiense.
“Desde abril, após a entrevista que o deputado concedeu ao CQC, entramos na Justiça com um processo contra Bolsonaro, exigindo retratação e multa destinada a um fundo público no valor de R$ 200 mil”, disse Giordano.
Segundo pessoas presentes ao evento, numa de suas falas o deputado chegou a afirmar que não bateria em homossexuais para que eles não se apaixonassem. E ao final da palestra, devido a intensidade dos protestos dos estudantes presentes ao auditório, Bolsonaro teria preferido se retirar em uma viatura da Polícia Militar.
Presente ao evento, o vereador Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói disse que vai enviar uma Indicação Legislativa ao Congresso Nacional para que se apure novamente a quebra de decoro do deputado, “que inclusive agrediu um estudante com palavras de baixo calão”.
Ouvido por O FLUMINENSE, Jair Bolsonaro disse que foi convidado a realizar a palestra na Faculdade de Direito da UFF, e se surpreendeu com a presença de jovens militantes do PT e do PSOL, que ali estavam apenas para tumultuar e impedir sua participação.
“Dei o meu recado. Falei da minha posição contrária ao projeto do governo para combater a homofobia que, a meu ver, estimula o homossexualismo nas escolas de 1º Grau. Algumas pessoas tentaram me desmentir, mas provei, com documentos, que isso também acontece no Ensino Fundamental”, disse.
“Toda a sociedade sabe que sou contra esse Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Entre outras coisas ele estabelece cotas para professores gays”, reclamou Bolsonaro, confirmando ter rasgado e jogado no lixo a moção de repúdio.
Sobre a saída do prédio da Faculdade de Direito, Bolsonaro disse que os manifestantes estavam bastante exaltados e chegaram a se deitar na frente do palco para barrar o seu caminho.
“Diante disso pedi apoio à Polícia Militar, e sai do local numa viatura policial, mas fui no banco da frente”, fez questão de frisar, situação bem diferente do que mostra a foto da reportagem.
O FLUMINENSE
Um comentário:
bolsonaro é um herói nacional.
deveria ser tratado com mais repeito por este blog.
que só divulga matérias para o depreciar. tendensiosismo total.
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