O professor português Rui Nunes, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, defendeu a terceirização de serviços de saúde a entidades privadas como meio de o Estado manter ou alcançar um atendimento de qualidade à população.
A tese foi exposta nessa quarta-feira (14/09), na palestra que se seguiu à abertura do I Congresso de Políticas Médicas, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em Porto de Galinhas. “Essa é um caminho para se atingir os objetivos do bem-estar social da população”, disse.
Nunes, que é diretor do serviço de bioética e ética médica da Faculdade de Medicina do Porto, afirmou que o Estado por si só não consegue suprir as necessidades dos seus cidadãos na área de saúde, por isso a importância de parcerias com entes privados, sejam empresariais ou com fins beneficentes.
O professor, porém, alertou que, antes de levar a cabo a terceirização, cabe aos gestores de saúde pública desenvolver mecanismos de fiscalização seguros e eficientes quanto aos gastos com os serviços terceirizados, bem como de avaliação da eficiência dos serviços. “O serviço público precisa desenvolver mais o seu papel regulador”, sintetizou.
Ele também advertiu que em algumas áreas médicas não caberia a terceirização, devendo o Estado prestar o serviço diretamente à população. Uma desses áreas, apontou ele, é a oncologia.
Da Assessoria de Comunicação do Cremepe
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