Do JC Online
Os membros do conselho de administração da Volkswagen se reúnem, nessa terça-feira (8), na sede do grupo empresarial, na cidade alemã de Wolfsburg, para traçar o futuro da montadora no Brasil. Do encontro sairá a decisão de construir uma nova fábrica no País ou promover investimentos na ampliação das três unidades já existentes.
Na mesa, está em jogo também um novo rumo para a economia de Pernambuco. O Estado é forte concorrente – apontado nos bastidores como favorito – para receber a possível nova planta, cujas especulações dão conta de um aporte de US$ 2 bilhões e capacidade para produzir 200 mil veículos por ano. Se confirmada para solo pernambucano, será a consagração definitiva do Estado como novo pólo da indústria automotiva brasileira, após ter recebido o complexo da Fiat de R$ 4 bilhões.
Na segunda (7), durante as comemorações dos 33 anos do Complexo Industrial Portuário de Suape, o governador do Estado, Eduardo Campos, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, optaram por não tecer maiores comentários sobre a decisão dessa terça (8).
“Estamos aguardando até a sexta-feira para sermos comunicados”, comentou o secretário, acrescentando que foram apresentadas quatro opções de locais para abrigar a fábrica. O governo faz mistério quanto as cidades oferecidas. “Só após a escolha do Estado é que iremos discutir onde ela irá ficar”, despistou. Nos bastidores, comenta-se que a briga é entre Suape (Cabo de Santo Agostinho), outros dois outros municípios situados no Grande Recife e Caruaru, no Agreste do Estado.
O Complexo de Suape larga na frente pela disponibilidade de áreas e condições de logística. Esse fator se mostra ainda mais importante na decisão quando é observado que a futura planta irá fabricar o Up!, Novo modelo de entrada da montadora e chamado de “Novo Fusca”, cujo alcance será mundial, com destaque para mercados emergentes como Índia, China e Brasil. O veículo de motor 1.0 será vendido na Europa por 9,8 mil, algo em torno de R$ 24 mil.
A possível quinta fábrica da Volkswagen no Brasil é cobiçada por outros cinco Estados: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. De acordo com uma análise elaborada sob encomenda da montadora alemã por uma consultoria, Pernambuco tem como ponto negativo a inexistência de fábricas de autopeças em seu território. Outros dois fortes candidatos, São Paulo e Paraná, também apresentam fraquezas. O estudo apontou o custo elevado da mão de obra e as relações estremecidas com a categoria dos metalúrgicos como características negativas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário