terça-feira, 24 de janeiro de 2012

EXISTE MESMO A CRISE DOS SETE ANOS?





por Molly Edmonds - traduzido por HowStuffWorks Brasil
A crise dos sete anos, como em "O Pecado Mora ao Lado", pode ter sido inventada por um comediante caipira, um autor da Broadway e um psiquiatra fictício
Em 1955, Marilyn Monroe entrou para a história do cinema quando parou sobre uma grade do respiradouro do metrô. Uma lufada de ar do trem que passava abaixo levantou a saia plissada do seu vestido branco, que ela, de forma faceira, tentava manter no lugar. Décadas mais tarde, a cena icônica de "O Pecado Mora ao Lado" ainda é recriada ou lembrada em vários filmes e programas de televisão.
Essa cena famosa não é único legado do filme. A teoria por trás do título em inglês ("The Seven Year Itch", ou a coceira dos sete anos) - que uma pessoa casada sente necessidade de trair ou se separar depois de sete anos - se tornou um termo onipresente na terapia de casais, nas revistas femininas e na cultura popular. No Brasil, essa "coceira" é conhecida como crise dos sete anos. Antes de 1952, no entanto, quando "O Pecado Mora ao Lado" estreou na Broadway, alguém que se queixava de uma coceira de sete anos provavelmente tinha um doença de pele desconfortável, como erva venenosa ou sarna, não um problema de relacionamento.
O escritor George Axelrod ouviu o termo de um comediante que se especializou em piadas sobre caipiras, animais de fazenda e mulheres feias. Sobre uma mulher feia em particular, o comediante alegou que ela poderia dizer que ela tinha mais de 21 anos porque ela tinha tido a coceira dos sete anos quatro vezes. Axelrod não achava que essa era uma fala particularmente engraçada - ele a chamou de repugnante para o escritor William Safire em 1992 - mas ela estava grudada em sua cabeça quando ele buscava um título para sua peça sobre um homem considerando ter um caso enquanto a mulher estava fora. Antes de Axelrod adotar o título, o personagem principal estava casado havia dez anos, não sete.
Mas sete tinha um apelo melhor que 10, então Axelrod mudou o roteiro. O personagem principal descobre a ideia da coceira dos sete anos quando ele revisa o livro de um psiquiatra que alega que um alto percentual dos homens se separa durante seu sétimo ano de casamento. Em outras palavras, temos de agradecer a um psiquiatra fictício, a um autor de teatro americano e a um comediante caipira pela ideia da crise dos sete anos. A questão é, eles acidentalmente tropeçaram num fenômeno real? Ou a ideia de que os homens se separam aos sete anos de casamento é apenas ar quente - do tipo que faz subir a saia da Marilyn Monroe?

5 comentários:

Pedro Cesar disse...

legado? porcarias são legado?

Manoel Carlos disse...

O Feminismo, sua contribuição para a infantilização dos homens e o naufrágio do Costa Concordia.
janeiro 25th, 2012

Que tipo de homem foge, sob o manto da escuridão, de seu navio que está afundando, deixando aproximadamente 4.200 passageiros e tripulação para se virarem sozinhos?
Que tipo de homens empurra violentamente mulheres idosas, menininhas e jovens mães para entrar primeiro nos botes salva-vidas? Ora, ora, os homens modernos, os homens sexualmente emancipados que foram criados conforme as doutrinas do feminismo e de nossos costumes “modernos”.
O que significa uma expressão como “mulheres e crianças primeiro” para homens modernos que foram ensinados a vida inteira que as mulheres nada mais são do que brinquedos sexuais e que as crianças nada mais são do que uma carga descartável?
Os detalhes do tombamento do Costa Concordia, um dos maiores navios cruzeiros que navegam pelo Mediterrâneo, chegaram à imprensa de língua inglesa uma semana mais tarde e todo mundo agora conhece a conversa de telefone gravada na qual o capitão da guarda costeira, Gregorio De Falco, ordena furiosamente que o capitão do navio, Francesco Schettino, volte a seu navio.

Manoel Carlos disse...

Schettino respondeu mentindo repetidamente, enquanto estava tentando fugir num bote salva-vidas.Os passageiros foram abandonados para se resgatarem sozinhos, ajudados por artistas contratados e poucos membros da tripulação.
Uma mulher disse: “Havia homens grandalhões, membros da tripulação, empurrando todos nós para entrarem nos botes salva-vidas”. Outra passageira, uma avó, disse: “Eu estava ao lado dos botes salva-vidas, e homens grandalhões estavam me acertando e empurrando as meninas com brutalidade”.
Nos primeiros dias depois que o Costa Concordia tombou na água rasa a quase 300 metros da praia, toda a Itália foi pega em vergonha com as reportagens sobre a conduta de Schettino. Ele foi preso depois que chegou à praia e acusado de homicídio involuntário e abandono de seu navio. Ele foi apanhado tentando entrar num táxi, tendo, pelo que foi relatado, pedido ao taxista: “Tire-me daqui o mais rápido possível”.
Apelidado de “Capitão Covarde”, Schettino se tornou o centro da fúria nacional para os italianos que já estão fartos do estereótipo — que com demasiada frequência é acurado — dos homens italianos como permanentes adolescentes vaidosos, preguiçosos, irresponsáveis, egoístas e inconfiáveis.
O desastre do Costa Concordia trouxe ao centro das atenções os efeitos que o feminismo, e sua filha prostituta, a Revolução Sexual, tiveram nos homens. O feminismo matou a prioridade cultural dos homens protegendo e se responsabilizando pelas mulheres. Num vídeo, Michael Voris falou da “jornada do herói”, o modelo original da cultura ocidental do rapaz que deixa o lar, enfrenta e vence adversidades e se torna um homem com capacidade de proteger uma família. Mas nossa cultura inspirada pelo feminismo, juntando forças com o materialismo consumista que mata a alma, jogou esses conceitos na lata de lixo.
Ao dizer às mulheres que elas não precisam dos homens e ao demonizar o valor da masculinidade, o feminismo ao mesmo tempo diz aos homens que eles nunca precisam crescer. Se o feminismo disse às mulheres que elas podem sair por aí dormindo com qualquer um “como se fossem homens”, devemos nos lembrar de que isso significa que os homens podem, em retribuição, fazer a mesma coisa.
Em vez de insistirem em que os homens cresçam, se casem com uma mulher e protejam e cuidem de seus filhos, o feminismo oferece aos homens as mulheres como brinquedos e ao mesmo tempo oferece às mulheres a pílula anticoncepcional, aborto e tribunais para resolver questões de pensão alimentícia como plano B.

Manoel Carlos disse...

O feminismo define “igualdade” como homens e mulheres competindo igualmente no mercado de trabalho e usando um ao outro igualmente como objetos.Algum tempo atrás li um site interessante, embora profundamente assustador, que afirmava dar apoio aos homens contra o mundo feminista. Num artigo, os homens claramente irados apontavam para o injusto padrão duplo nas leis relativas à família. O sistema legal, agora preso firmemente nas garras das feministas, mantem os homens financeiramente responsáveis pelos filhos que eles geram quando se separam da mãe. Mas o artigo apontou, com suficiente lógica, que ao mesmo tempo o feminismo exige que a contracepção e o aborto sejam disponibilizados gratuitamente. Por que então, se as mulheres têm agora a liberdade de usar os homens como objetos sexuais, um homem deveria em algum momento ser responsabilizado pela paternidade?Por que os homens deveriam ser rotineiramente arruinados por ações legais de pensão alimentícia quando o aborto é legal e muito mais barato e fácil de conseguir?Realmente, por quê? O feminismo, pelo fato de que é essencialmente desonesto, pueril e age só em causa própria, nunca confessará francamente as conclusões lógicas de suas suposições.
Recentemente, os papas escreveram contra o tipo de feminismo que promove o aborto e a contracepção e ao mesmo tempo cria uma divisão de hostilidade entre homens e mulheres. A promiscuidade geral, a contracepção, o aborto legal, o divórcio fácil, junto com uma cultura que adora a juventude e é loucamente materialista, disseram eles, criaram uma sociedade individualista de consumidores isolados para os quais todos os relacionamentos rotineiramente terminam em abandono.Uma vasta catástrofe cultural que deixa os filhos sem pais, diz às mulheres que elas não precisam dos homens e que diz aos homens que eles podem permanecer a vida inteira como adolescentes felizes e despreocupados.Essa mensagem parece ter tido resultado especialmente evidente na Itália onde é facílimo encontrar homens que são a personificação do estereótipo consumista.
O homem-criança efeminado é uma praga na Itália; meninos das mamães vaidosos, convencidos, superficiais e egoístas que vivem na casa dos pais quando já estão com trinta e quarenta anos de idade. Outrora, o centro de vida dos italianos era a família; agora eles estão cada vez mais se divorciando ou se recusando a casar em primeiro lugar.
A jornalista italiana Rosaria Sgueglia escreve no Huffington Post que o ex-capitão do Costa Concordia é um daqueles homens italianos que estão à altura desse estereótipo ponto por ponto. Os italianos estão “furiosos”, escreveu ela, com “gente como o sr. Schettino que não fazem nada a não ser comprometer a imagem já danificada que o resto do mundo tem do povo italiano”.
Embora os italianos estejam descarregando sua fúria em Francesco Schettino por ser tudo o que eles odeiam em si mesmos, precisamos nos lembrar de que muitos países estavam representados na lista da tripulação do Costa Concordia. O desastre tem, por todos os lados, as impressões digitais de nossa cultura ocidental que está envenenada e morrendo.
Lendo as reportagens do Costa Concordia, não pude evitar reconhecer os resultados das novas prioridades de nossa sociedade. Muitos observadores fizeram a comparação com o desastre do Titanic. Cem anos atrás, os homens da primeira classe levantaram as mulheres e crianças da classe pobre e as colocaram nos botes salva-vidas tendo plena consciência de que estavam dando suas vidas.
O capitão do Titanic, de acordo com os relatos, foi visto pela última vez segurando uma criança em seus braços buscando um jeito de salvá-la. Cem anos mais tarde, o que vemos é um oficial da guarda-costeira gritando para o “Capitão Covarde”: “Vada a bordo, cazzo!” que significa “Volte à bordo, …!”
Eis nosso admirável novo mundo sexualmente emancipado.
Fonte: http://www.lifesitenews.com/news/captain-coward-behold-our-brave-new-sexually-emancipated-world

Anônimo disse...

O que tem haver estes comentários do naufrágio de um navio com a crise dos sete anos que é o tema desta matéria? Cris