Do
Jornal do Commercio
Com
o Carnaval à porta e a Assembleia Legislativa em recesso, a partir desta quinta
(9), está em formatação uma série de medidas da mesa diretora do Poder
Legislativo, que incluem aumento da verba indenizatória (custeia os gastos dos
gabinetes), hoje em mais de R$ 11 mil, regulamentação do uso dos carros
oficiais e redistribuição e equalização dos benefícios de todos os
parlamentares. As medidas visam acabar com as queixas sobre supostos
privilégios de integrantes da mesa e dos líderes de bancadas e de partidos e de
outros beneficiados. Na terça (7) pela manhã, uma reunião fechada, exclusiva
dos deputados, começou na Escola do Legislativo e terminou no gabinete do
presidente Guilherme Uchoa (PDT). Nem os garçons para servirem café e água
entraram. Os assuntos abordados estão só com os parlamentares, mas uma frase de
um participante com vários mandatos, no anonimato, traduz a importância do
encontro: "Eu nunca vi uma reunião tão ampla. Estavam a mesa e quase todos
os deputados".
A
reunião serviu para que os parlamentares, governistas e oposicionistas,
colocassem suas insatisfações e reivindicações. Havia deputados de todos os
partidos. O presidente Uchoa cobrou, ao mesmo tempo, mais rigor na utilização
dos benefícios e na verba indenizatória, a que custeia as despesas. Com o
respaldo da mesa diretora, foi anunciado que o uso de carro oficial voltará a
ser conforme é regimentalmente definido. Só terá carro à disposição quem é da
mesa, os líderes do governo, da oposição e dos partidos e os presidentes das
comissões permanentes.
Semana
passada, o deputado licenciado Isaltino Nascimento (PT), secretário estadual de
Transportes, foi flagrado por uma blitz da Lei Seca e, na ocasião, comentou-se
que o carro dirigido pelo petista seria do Legislativo, o que foi negado pelo
parlamentar e pela Assembleia.
Nos
bastidores da Assembleia, a informação é que a mesa aguarda apenas a solução
jurídica da Procuradoria da Casa para publicar o ato com o aumento da verba
indenizatória. A verba de gabinete (R$ 56 mil), que paga os salários dos
funcionários dos gabinetes, não teria sido tratada. A saída pode se dar,
também, por um reajuste na bonificação de saúde. Cada deputado tem direito a
escolher 25 pessoas de seu gabinete para receber a bonificação, hoje em R$
450,00. "Quando eles concedem aumento aos comissionados, estendem aos da
Casa (efetivos). Aí, calam o sindicato", afirma um servidor
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