quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GRAVAÇÕES MOSTRAM PMS PLANEJANDO ESPALHAR A GREVE EM OUTROS ESTADOS

Da Redação Época

imagem: colunas.revistaepoca.globo.com
 A possibilidade da greve da Polícia Militar (PM) se espalhar por outros Estados do Brasil é uma das principais preocupações do governo federal. Nesta quarta-feira (8), o Jornal Nacional mostrou gravações dos líderes do movimento negociando para tentar fazer com que a greve de fato se espalhe.

As gravações foram autorizadas pela Justiça. Nelas, o líder do movimento baiano, Marco Prisco, conversa com outros grevistas, planejando estender a greve para Rio de Janeiro e outros Estados, com o objetivo de pressionar deputados a aprovar a PEC 300, proposta que cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros. Além disso, uma das gravações mostra que alguns PMs estão dispostos a fazer atos de violência durante a greve.


Marco Prisco: Desce toda a tropa pra cá, meu amigo. Desce todo mundo para Salvado. Tô lhe pedindo pelo amor de Deus, desce todo mundo pra cá.
David Salomão: Agora?
Prisco: Agora, agora, embarque.
Salomão: Eu vou queimar viatura… eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia, que não vai dar tempo…
Prisco: Fecha a BR aí, meu irmão.
Por enquanto, a greve dos PMs está localizada na Bahia. Nesta quinta-feira (9), PMs e bombeiros do Rio de Janeiro se reúnem para decidir se param as atividades. No sábado, é a vez das associações do Distrito Federal se reunir, e na semana que vem PMs de Espírito Santo podem entrar em greve.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o governo federal vê com muita preocupação a expansão do movimento grevista. O serviço de inteligência do Palácio do Planalto classificou, segundo o jornal, Pará, Paraná, Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Sul como “Estados explosivos”. O Rio de Janeiro é considerado o mais problemático.
Além disso, a greve também pode se espalhar por outras categorias. A coluna de Felipe Patury em ÉPOCA mostra que policiais civis podem iniciar uma greve em março. Segundo os grevistas, essa é a única forma de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de política nacional de segurança pública com plano de cargos e salários para os policiais. A paralisação de policiais, no entanto, é considerada ilegal pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que disse que a Constituição proíbe o direito de greve aos militares.

Um comentário:

Manoel Carlos disse...

eles tem todo direito de planejar suas greves.