quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SALGUEIRO VENCE NÁUTICO DE VIRADA E RETOMA LIDERANÇA

Do blog do torcedor

imagem: lancenet.com.br
Em uma partida com um segundo tempo eletrizante, o Salgueiro arrancou uma importante vitória contra o Náutico, de virada, por 3 a 2, com um gol bastante polêmico nos acréscimos.


O gol da vitória nasceu de uma falta inexistente, que foi marcada pelo árbitro Gilberto Castro Júnior, atendendo ao que apontou o assistente de arbitragem Aldir Pereira.

 
Com o resultado, o Carcará retoma a ponta do Pernambucano Coca-Cola, que havia perdido para o Náutico. É a sexta vitória do time em oito jogos, inclusive batendo os três grandes do Recife atuando no Cornélio de Barros.




Já o Timbu, que jogou desfalcado e pagou por gols perdidos quando vencia por 1 a 0 e erros defensivos, fica em segundo, e amarga a primeira sequência de dois jogos sem vitória. O destaque alvirrubro foi o atacante Siloé, autor dos dois gols. O técnico Waldemar Lemos justificou a derrota pela atuação da arbitragem.

As duas equipes voltam a campo no domingo, às 16h. O Náutico vai a Serra Talhada enfrentar o time da casa, enquanto o Salgueiro visita o Araripina.


PRIMEIRO TEMPO ALVIRRUBRO
O Náutico entrou em campo sem contar com diversos titulares. Por lesões ou suspensões, ficaram de fora o goleiro Gideão, o zagueiro Ronaldo Alves, os três volantes Elicarlos, Souza e Derley, além de Rogério e Cascata, que tiveram contusões sérias e ficarão de molho por seis meses. Mesmo remendado, com alguns jogadores inexperientes entrando como titulares pela primeira vez, o Náutico entrou em campo muito bem postado, no esquema 3-5-2, marcando forte e saindo para o contra-ataque de forma segura.

O time deu dois sustos no Salgueiro logo no começo. Siloé soltou uma bomba de direita, para fora, com perigo. Pouco depois, num contra-ataque puxado por Siloé, Marlon apareceu de surpresa na entrada da área e bateu forte, perto da trave esquerda. Com a proposta alvirrubra dando certo, havia poucos lances de perigo no ataque. O Salgueiro não conseguia chegar perto da meta alvirrubra.

Melhor em campo, o Náutico chegou ao gol aos 20 minutos. Após cobrança de falta de Eduardo Ramos, Siloé se abaixou: a bola bateu nas suas costas e entrou. Sorte do atacante alvirrubro, que fez boa apresentação. 1 a 0. Pouco depois, o outro atacante alvirrubro, Jeffersom Berger, em sua primeira partida como titular, perdeu boa chance de marcar seu primeiro gol pelo Timbu. Ficou frente a frente com o goleiro Luciano, que saiu em sua direção. Mas mandou o chute em cima do arqueiro.

O Salgueiro tentava reagir com muita velocidade e movimentação ofensiva. Mas seguia com dificuldades para transpassar o bloqueio do Timbu. Aos 38, o Carcará teve seu melhor momento no primeiro tempo. Após nova cobrança de falta, Fabrício Ceará desviou de cabeça e Peri tocou de raspão na bola; nenhum dos dois colocou para dentro.

Fechadinho, o Náutico ainda voltou a perder uma chance com Berger, no fim do primeiro tempo. Ele recebeu de Siloé e, no mano a mano com um zagueiro, acertou no drible, mas errou no chute. Mandou por cima do gol.

CARCARÁ VIRA E VENCE
O panorama do jogo mudou no segundo tempo mudou. O Salgueiro pressionou bastante o Náutico. Logo com dois minutos, Clébson cruza, Gustavo afasta, e Peri chuta de primeira. Rodrigo Carvalho defende. Numa sequência de três escanteios do Carcará, o perigo maior foi quando a bola atravessou toda a pequena área do Náutico e saiu. O goleiro Rodrigo Carvalho deu um leve desvio de soco na bola que dificultou o chute de um jogador do Carcará.

A presença ofensiva alvirrubra era mínima. Não levantou ninguém da arquibancada o chute de Lenon, de fora da área, por cima do gol, aos cinco minutos. Isso, em parte, era reflexo do domínio do Salgueiro. Diferentemente do primeiro tempo, as jogadas do Salgueiro conseguiam penetrar na área alvirrubra. Muitas bolas foram afastadas pelo Náutico de dentro da área, sobretudo após escanteios e faltas. Os alvirrubros só se defendiam; o que era um erro, pois o perigo sempre estava por perto.

A insistência do Salgueiro foi recompensada aos 29 minutos. Após um dos vários escanteios, houve um desvio de cabeça, e a bola "procurou" o atacante Fabrício Ceará, que testou para o gol. Lenon ainda tentou tirar com as pernas, mas a bola entrou. Detalhe é que havia três zagueiros alvirrubros embaixo da barra, mas nenhum marcando o homem mais perigoso do Carcará.

O desempate veio de forma rápida. Clebson fez ótima jogada pela ponta esquerda e sofreu uma falta, como um miniescanteio. Veio a cobrança, e o zagueiro Alemão, livre, dentro da pequena área, cabeceou para as redes. Falha generalizada da defesa alvirrubra, incluindo do goleiro Rodrigo Carvalho, que saiu do gol e não alcançou a bola.

Só depois da virada, o Náutico largou o defensivismo e foi para cima. Por meio de cobranças de falta, não conseguia o gol, pois a capacidade de Jefferson não chegava perto da de Souza. Mas o tento veio com a bola rolando. Dorielton, que entrou na vaga de Jeffersom Berger, cruzou, e Siloé apareceu bem, cabeceando no cantinho, empatando, aos 41 minutos.

As emoções estavam à flor da pele. Instantes após o gol, o técnico Waldemar Lemos foi expulso pelo árbitro Gilberto Castro Júnior ao reclamar da arbitragem. A queixa era sobre erro na marcação de faltas e cartões amarelos que, em sua opinião, deveriam ser dados ao Salgueiro.

Mas a única grande bronca da arbitragem estava por vir. O assistente de arbitragem Aldir Pereira indicou ao árbitro que marcasse uma falta inexistente a favor do Salgueiro, na lateral direita ofensiva. Dessa falta, nasceu o gol que decidiu a partida. A bola foi levantada na área, e a defesa alvirrubra se complicou toda. O goleiro Rodrigo Carvalho faz uma tremenda trapalhada, a bola bateu nele, em dois jogadores do Náutico, e entrou. O meia Élvis saiu comemorando o gol, alegando que teria tocado nela antes de entrar. 3 a 2, placar final.

Após o jogo, formou-se uma confusão nos gramados do Cornélio de Barros. Os alvirrubros, jogadores e membros da comissão técnica, inconformados com a arbitragem, principalmente pela falta que originou ao gol final, quiseram tirar satisfações, e houve atrito com o pessoal do Salgueiro.

FICHA DO JOGO: Salgueiro 3 x 2 Náutico
Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré (Romário), Alemão, Luiz Eduardo e Peri; Pio, Dinho (Edmar), Victor Caicó e Clébson; Elvis e Fabrício Ceará. Técnico: Neco.
Náutico: Rodrigo Carvalho; Marlon, Diego Bispo e Gustavo; João Ananias (Wamberson), Auremir (Ronaldo Conceição), Lenon, Eduardo Ramos e Jefferson; Siloé e Jefersom Berger (Doriélton). Técnico: Waldemar Lemos.
Estádio: Cornélio de Barros, em Salgueiro. Gols: Siloé, aos 20 minutos do 1º T e aos 41 do 2º T (Náutico); Fabrício Ceará, aos 29, Alemão, aos 35, e Élvis, aos 46 minutos do segundo tempo (Salgueiro). Cartões amarelos: Auremir, Jefferson, Eduardo Ramos (Náutico); Luciano (Salgueiro). Árbitro: Gilberto Castro Júnior. Assistentes: Aldir Pereira e Paulo Steffanello. Público: 8.708. Renda: R$50.600.

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