Da Redação Época
A possibilidade da greve da Polícia
Militar (PM) se espalhar por outros Estados do Brasil é uma das principais
preocupações do governo federal. Nesta quarta-feira (8), o Jornal Nacional mostrou gravações dos líderes do
movimento negociando para tentar fazer com que a greve de fato se
espalhe.
imagem: colunas.revistaepoca.globo.com |
As gravações foram autorizadas pela
Justiça. Nelas, o líder do movimento baiano, Marco Prisco, conversa com outros
grevistas, planejando estender a greve para Rio de Janeiro e outros Estados,
com o objetivo de pressionar deputados a aprovar a PEC 300, proposta que cria
um piso salarial nacional para policiais e bombeiros. Além disso, uma das gravações mostra
que alguns PMs estão dispostos a fazer atos de violência durante a greve.
Marco
Prisco:
Desce toda a tropa pra cá, meu amigo. Desce todo mundo para Salvado. Tô lhe
pedindo pelo amor de Deus, desce todo mundo pra cá.
David Salomão: Agora? Prisco: Agora, agora, embarque. Salomão: Eu vou queimar viatura… eu vou queimar duas carretas agora na Rio-Bahia, que não vai dar tempo… Prisco: Fecha a BR aí, meu irmão. |
Por enquanto, a greve dos PMs está
localizada na Bahia. Nesta quinta-feira (9), PMs e bombeiros do Rio de Janeiro
se reúnem para decidir se param as atividades. No sábado, é a vez das
associações do Distrito Federal se reunir, e na semana que vem PMs de Espírito
Santo podem entrar em greve.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo,
o governo federal vê com muita preocupação a expansão do movimento grevista. O
serviço de inteligência do Palácio do Planalto classificou, segundo o jornal,
Pará, Paraná, Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Sul como “Estados
explosivos”. O Rio de Janeiro é considerado o mais problemático.
Além disso, a greve também pode se
espalhar por outras categorias. A coluna de Felipe Patury em ÉPOCA mostra que
policiais civis podem iniciar uma greve em março. Segundo os grevistas, essa é
a única forma de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de
política nacional de segurança pública com plano de cargos e salários para os
policiais. A paralisação de policiais, no entanto, é considerada ilegal pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que disse que a Constituição proíbe o direito de greve aos militares.
Um comentário:
eles tem todo direito de planejar suas greves.
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