Do ANP/AFP
imagem: rnw.nl |
O Brasil contribuirá com mais de dois milhões
de dólares para um novo programa de compra de alimentos para a população mais
pobre da Etiópia, Malauí, Moçambique, Níger e Senegal, informou, em Roma, a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
O
programa será projetado pela FAO e pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e
se inspira no plano "Fome Zero", lançado em janeiro de 2003 pelo
então presidente Luis Inácio Lula da Silva, que conseguiu reduzir a desnutrição
no Brasil em 25%, tirando cerca de 24 milhões de pessoas da pobreza extrema,
segundo dados do governo brasileiro.
Por
meio do acordo, assinado em Roma na sede da FAO, o Brasil financiará com 2,375
milhões de dólares a compra da produção dos pequenos camponeses e sua
distribuição nas categorias de risco, incluindo a de crianças e jovens, através
de programas de merenda escolar, explicou em um comunicado a agência das Nações
Unidas.
O
acordo estabelece que a FAO receberá 1,55 milhão de dólares para os aspectos
relacionados à produção, fornecimento de sementes e fertilizantes e para
encorajar a capacidade dos pequenos agricultores e das associações de
camponeses.
O PMA
receberá 800 mil dólares para organizar as compras e distribuir os alimentos
nas escolas e entre os grupos mais vulneráveis, destaca o comunicado.
"Além
de ajudar a complementar a dieta das pessoas que passam fome, o projeto foi
feito para fortalecer os mercados locais de alimentos, ajudando, em última
análise, a melhorar a segurança alimentar e prevenir futuras crises
alimentares", informou a FAO.
Desde
janeiro deste ano, a FAO, fundada em 1945, é presidida por um latino-americano,
o brasileiro José Graziano da Silva, que substituiu o senegalês Jacques Diouf
para o período 2012-2015.
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