Núbia
Silva e Daniele Rolim/Especial para o NE10
No
Brasil, mais da metade da população brasileira está obesa segundo dados do IBGE
de agosto de 2011. Com isso, um novo mercado vem surgindo: o de roupas acima do
manequim 48. Mesmo assim, quem está acima do peso e gosta de roupas bonitas
sofre e paga caro para encontrar modelos agradáveis e confortáveis. O comércio
ainda é tímido favorecendo pessoas de classe média alta, já que os preços não
são acessíveis a todas as classes sociais.
Em
Caruaru, já existem lojas especializadas, porém a variedade é pequena, os
modelos não atraem e muitas pessoas recorrem a outras cidades, algumas procuram
customizar as peças que já possuem. A professora Gilmara Marques, de 29 anos, diz
que o momento das compras sempre é acompanhado de decepções, para ela que pesa
95 quilos e gosta de estar sempre de bem com a aparência, a procura por roupas
acaba sendo desgastante. “Chego a pensar que os moldes são específicos de cada
loja. O tamanho 50, ora serve, ora não serve, sinto que os empresários não se
preocupam muito com o público gordinho que também faz parte da sociedade”
desabafa.
A
dificuldade de encontrar roupas adequadas para cata tipo de pessoa sempre foi
um problema não apenas para os gordinhos, mas todo aquele que foge de um padrão
nacionalmente estabelecido. Diante das dificuldades algumas pessoas recorrem às
costureiras que fazem as roupas de acordo com o modelo indicado pela pessoa que
está encomendando, mas nem sempre o produto fica igual àquela mercadoria vista
na vitrine.
Alguns
homens também acabam se queixando, como o biomédico Nelson Menezes, que fala da
dificuldade de encontrar camisas no seu tamanho. “Sempre usei o mesmo número,
mesmo estando acima do meu peso. Quando peço para vendedora trazer a camisa
tamanho cinco fica muito grande e o número quatro agora não dá mais. Eu não
engordei, só posso acreditar que os tamanhos estão diminuindo”, declarou.
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