Da Agência Brasil
imagem: jornalismo24horas.blogspot.com |
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai entrevistar
24 mil mulheres que tiveram bebê recentemente (pós-parto) para descobrir o
porquê da preferência de muitas brasileiras pela cesariana. Dados do Ministério
da Saúde indicam que, em 2010, 52% dos partos no país foram cirúrgicos.
Na rede privada, o índice chega a 82% e na rede
pública, a 37%. A pesquisa vai verificar com a mãe qual foi a indicação médica
para o tipo de parto, onde foi feito o pré-natal e se o profissional que
acompanhou a gestação foi o mesmo que realizou o parto.
No caso de mulheres que
passaram por cesariana, será perguntado o motivo da escolha.
Doula há cinco anos, Rachel Bessa oferece apoio a
mulheres grávidas para alcançar o bem-estar físico e emocional durante a
gestação e o parto. Ela explicou que o parto normal é um ato de respeito ao
próprio corpo feminino, enquanto a cesariana exige um procedimento cirúrgico
com riscos, como a hemorragia interna.
Outra desvantagem, segundo Rachel, é que, após a
cesariana, a mãe não pode ficar junto com a criança imediatamente porque
precisa se recuperar da cirurgia – mesmo que o bebê necessite desse primeiro contato
já que, por meio dessa aproximação, é possível, por exemplo, controlar a
temperatura corporal.
imagem: blogterapiadala.blogspot.com |
“Além disso, durante o parto normal, acontece uma
compressão natural no peito da criança. Com isso, todo o resquício de líquido,
próprio da gestação e que pode estar dentro da criança, é limpo. É um processo
natural. No caso da cesárea, é usada uma sonda para a retirada desses
líquidos.”
De acordo com o Ministério da Saúde, as chamadas
cesáreas eletivas são as que mais representam risco. Nesse tipo de
procedimento, a mãe agenda o dia e o bebê nasce sem que a mulher entre em
trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde, sobretudo
respiratórios, na criança.
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