Do Correio Braziliense
imagem: blogdomeireles.com.br |
A sessão de julgamento de Lindemberg
Alves, de 25 anos, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, em
outubro de 2008, começou nesta segunda-feira. Segundo informações do Tribunal
de Justiça de São Paulo, até agora a defesa trabalhou em cima de reportagens
sobre o caso e também com entrevistas com os envolvidos. Vídeos com imagens do
crime foram exibidos durante mais de uma hora.
O jurado que julgará o réu é composto por seis homens e uma mulher. Lindemberg
não utilizou algemas durante a sessão. O réu é julgado pelos crimes de
homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, cárcere privado e
disparo de arma de fogo.
Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg
iniciou um sequestro que durou mais de 100 horas — fomentado pelo inconformismo
com o fim do relacionamento — e teve um desfecho trágico.
Eloá, então com 15 anos, morreu em 18
de outubro, um dia depois de ter levado dois tiros, um na cabeça e outro na
virilha. Os disparos foram feitos no apartamento da jovem, em Santo André,
depois da invasão de policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas
Especiais), que negociavam a libertação das reféns. Nayara Rodrigues, amiga de
Eloá, também foi atingida por uma bala no nariz durante a ação, mas sobreviveu.
Um dos principais argumentos que devem ser utilizados pela acusação é um laudo
pericial que comprova ter sido Lindemberg o autor dos disparos contra Eloá,
provocando sua morte.
“O Ministério Público irá, por
ocasião do Julgamento Popular, expor aos jurados todas as provas produzidas
durante a instrução criminal, inclusive provas periciais, as quais comprovam
que foi o acusado Lindemberg quem efetuou os disparos contra as vítimas Eloá,
Nayara e Atos, causando a morte da primeira”, afirmou a promotora do caso,
Daniela Hashimoto, por meio da assessoria de imprensa.
A expectativa do Ministério Público é
de que o acusado seja considerado culpado por todos os crimes elencados, que,
somados, chegam a pena mínima de 52 anos — o tempo máximo de prisão no país são
30 anos, segundo a legislação brasileira.
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