Da Agência O Globo
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SÃO
PAULO. O promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo,
Thales de Oliveira, afirmou que investigações feitas pela polícia paulista
sobre a rede de tráfico de adolescentes indicam que o comando da quadrilha
estaria no Nordeste do país.
Segundo ele, o avanço das investigações depende de
um trabalho conjunto. "Já
há investigações em andamento também no Pará e no Ceará", afirmou.
Oliveira
diz que adolescentes trazidos de outros estados, que receberam próteses de
silicone e hormônios para se tornarem transexuais, se arrependeram do que
fizeram como próprio corpo e falaram sobre o esquema.
—
Eles são atraídos com a promessa de ganhar R$ 1 mil, R$ 2 mil por dia em São
Paulo. Como são muito jovens e, por necessidade, não pensam — afirma.
Perguntado
se a polícia não deveria agir para impedir a prostituição de adolescentes da
capital paulista, exigindo documentos e retirando menores, o promotor diz que
sim, mas que o MP não pode requisitar operações deste tipo:
— O
Ministério Público não pode mandar ofício pedindo que autoridades cumpram seu
papel. As autoridades sabem onde e como desempenhar suas atividades.
O
ideal, segundo Oliveira, seria a criação de um grupo multidisciplinar em São
Paulo, envolvendo polícia, Justiça, Ministério Público e órgãos de promoção
social para combater a rede de prostituição de adolescentes. Além disso, é
preciso aumentar o intercâmbio de informações com os estados de origem dos
garotos. O promotor disse que ações no Autorama, no Parque do Ibirapuera, onde
existe prostituição de adolescentes do sexo masculino, são “complicadas”.
imagem: sindpoa.com.br |
—
Ações policiais no Autorama, área de proteção da diversidade sexual, geram
protestos de entidades ligadas ao público GLBT, que as encaram como
patrulhamento sexual.
Para
o secretário para América Latina e Caribe da International Lesbian and Gay
Association, Beto de Jesus, qualquer tipo de violação ou exploração sexual,
seja contra homens, mulheres, héteros ou homossexuais, maiores ou menores de
idade, deve ser investigada e combatida com rigor da lei.
—
Não toleramos exploração sexual de menores ou maiores de idade, tráfico de
pessoas ou pedofilia. Denunciamos estas ações criminosas — afirma Jesus.
Para
Jesus, há preconceito "nas entrelinhas" quando se fala em dificuldade
para ações policiais no Ibirapuera, pois apontaria uma suposta “permissividade”
nos grupos homossexuais, que não existe. Ele é contra, porém, ações repressivas
no Autorama, com policiais, e sugere a presença de educadores que possam
detectar e denunciar casos de exploração ou violação de direitos humanos.
2 comentários:
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vcs incentival musicas " na boquinha da garrafa" e ainda querem combater o que?
De fato Pedro Cesar vc está certo a sensura deveria existir para evitar a sexualidade precosse nas crianças, as séries de tv como malhação, bbb e outras m---as deveria acontecer e n fazem nada e o q falar das músicas apelativas de axé e tecnobregas? Carmem
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