Da
Agência Brasil
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem (26) que a nova desoneração da
folha de pagamento deverá ser ainda maior do que a do Plano Brasil Maior, que
beneficiou setores como o de Tecnologia da Informação. Segundo o ministro, os
ramos industriais incluídos no novo programa deverão ser isentos de pagar a
contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 20%.
Eles passarão a pagar uma alíquota sobre a receita bruta que ainda não foi
definida, mas será menor que 1,5%.
De
acordo com Mantega, serão beneficiadas principalmente atividades que têm uso
intensivo de mão de obra. “Temos escolhido os setores, ou os setores que
perderam dinamismo, que perderam vendas e, ao mesmo tempo, têm um impacto
positivo na produção e no emprego”, ressaltou ao citar as indústrias naval, de
aviação, de autopeças, têxtil, de confecção e calçados.
Esses
mesmos critérios foram usados, segundo Mantega, nas reduções do Imposto Sobre
Produtos Industrializados (IPI) anunciados hoje. O ministro disse ainda que o pacote
já está quase pronto, faltando apenas o acordo com alguns setores. “Faltam dois
ou três setores que eu vou me reunir esta semana com eles, e depois já
estaremos prontos”.
Além
disso, Mantega declarou que o governo vai trabalhar para reduzir o spread bancário
e, consequentemente, o custo dos empréstimos. “Vai haver uma redução no custo
de financiamento de modo geral. Nós vamos trabalhar para reduzir o spread
bancário e o financiamento de modo geral”, destacou.
Com
essas medidas, o ministro da Fazenda garantiu que a indústria terá, em 2012, um
desempenho melhor em relação ao ano passado. Para Mantega, a indústria é uma
das prioridades do governo na luta contra a crise. “Nós não abrimos mão da
indústria. Não será esta crise que vai derrubar a indústria brasileira. Isso
significa que o governo fará tudo o que tiver que ser feito para a indústria
brasileira sobreviver”.
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