Para os ambulantes da Avenida Sul, quanto mais engarrafamento melhor Foto: JC Trânsito |
Se o trânsito engarrafado do
Recife e Região Metropolitana requer paciência dos condutores, para os
vendedores do “passa-tempo da viagem”, quanto mais o trânsito estiver
congestionado melhor.
Mário Lourenço, de 42 anos,
deixou a construção civil, onde atuava como pedreiro para ser comerciante nas
ruas do Recife há 12 anos. “Eu comecei vendendo pipoca e picolé no Cais de
Santa Rita e na Dantas Barreto, mas com a reforma no terminal, ficou mais
difícil o acesso às pessoas no Cais”, afirma. Lourenço, que está trabalhando na
Avenida Conde da Boa Vista há seis anos, agora vende pipoca, bolo de goma,
amendoim, água e refrigerante, além de chicletes e confeitos. Ele calcula que,
por dia, tira cerca de R$ 50 de lucro.
Na mesma calçada, encontramos
José Benedito dos Santos, 45, que também deixou a profissão de servente de
construção para ser vendedor de pipoca há três anos. “Em dias normais eu tenho
um lucro de R$ 30, mas quando está engarrafado, esse valor dobra”, conta.
Embora os passageiros de ônibus
aprovem essa iniciativa, os motoristas de veículos de passeio afirmam que, para
vender, esses ambulantes andam por entre os carros, colocando a vida em risco,
além de atrapalhar o trânsito. “Eles passam na frente dos carros, impedem a
passagem e terminam por complicar ainda mais o trânsito”, afirma um motorista
que preferiu não se identificar e transita todos os dias pela Avenida Sul.
Essa realidade pode ser
encontrada em, praticamente, todas as paradas de ônibus do Centro do Recife,
além das vias de grande movimentação como Avenida Caxangá, Avenida Sul, Dantas
Barreto, Rua Imperial, Avenida Agamenon Magalhães e até mesmo no Viaduto
Capitão Temudo.
Angélica Souza Do JC Trânsito
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