Da
Agência Estado
O
salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.616,41 em
setembro, a fim de suprir as necessidades básicas do brasileiro e de sua
família, constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta
sexta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Com
base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 311,44, em Porto
Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que
o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com
alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e
previdência, o Dieese calculou que o salário mínimo deveria ter sido 4,21 vezes
maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.
O
valor estimado pelo Dieese em setembro é maior do que o apurado para agosto,
quando o mínimo necessário fora calculado em R$ 2.589,78, ou 4,16 vezes o
mínimo atual. Há um ano, o salário mínimo adequado para suprir as necessidades
dos brasileiros fora calculado em R$ 2.285,83, ou 4,19 vezes o mínimo em vigor
naquele período, de R$ 545,00.
A
instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o
consumidor que ganha um salário mínimo pudesse adquirir, em setembro deste ano,
o conjunto de bens essenciais foi praticamente o mesmo na comparação com o mês
anterior. De acordo com o Dieese, para comprar a cesta básica no nono mês de
2012, o brasileiro precisou trabalhar em média 95 horas e 12 minutos, ante 95
horas e 3 minutos em agosto. Em setembro do ano passado, a jornada média de
trabalho exigida para a compra de itens alimentícios básicos foi de 93 horas e
58 minutos.
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