Atolados em dívidas
A revista ISTOÉ traz uma
reportagem mostrando as concessões que a presidente Dilma vem fazendo com os
Estados para garantir a reeleição. Revela que o Congresso deve aprovar, até
maio, a Medida Provisória 589, que reduzirá em 50% os juros que os Estados
pagam pelas dívidas e ainda propõe o abatimento de até 100% dos encargos legais
dos débitos.
Adianta que com o abatimento e as
novas regras de “reparcelamento”, os gestores poderão ganhar uma certidão
negativa de bons pagadores e se endividar ainda mais, numa concessão
economicamente muito perigosa.
Revela, ainda, Estados que estão
com suas contas em vermelho, entre eles Pernambuco, serão privilegiados na
liberação de recursos de convênios. Só
no último mês, segundo ainda a publicação, o Estado recebeu R$ 822,7
milhões, terceiro maior repasse entre os endividados, abaixo apenas de São
Paulo e Minas.
O que surpreende é uma revelação
da revista e que a equipe do governador Eduardo Campos ainda não se pronunciou
para rebater: Pernambuco tem, segundo a reportagem, o maior déficit do País.
A MP de Dilma, para agradar
Estados governados por aliados ou com os quais tenha interesse em esvaziar o
discurso, como o de Eduardo, candidato ao Planalto, o Governo vai irrigar as
contas públicas com financiamentos para obras que mascaram administrações
afundadas em dívidas.
Apesar de fechar no vermelho,
esses Estados não rejeitam a oferta do Governo Federal, esquecem a
responsabilidade fiscal e tomam como prioridade transformar seus Estados em
canteiros de obras para ter o que mostrar à população em ano eleitoral com
Dilma candidata à reeleição. Além de Pernambuco, estariam endividados até o
pescoço Rio de Janeiro, Paraíba, Acre, Sergipe, Roraima e Amapá.
BOCA ADOÇADA– O pacote de permissividade da presidente não para na
MP 589. O Governo vai acelerar também a execução das emendas parlamentares,
convênios e recursos dos Ministérios em 2013. Com isso, Dilma adoça a boca de
deputados e senadores insatisfeitos com o tratamento dado pelo Planalto. Pelo
visto, a faxina ética do primeiro ano de mandato da presidente foi,
definitivamente, para debaixo do tapete.
Professor da seca
A caravana do PMDB ao Sertão gerou até chacota
na internet.
Em Salgueiro, o blogueiro Wilson Monteiro traduziu assim o
sentimento da população atingida pela estiagem ao ver a cara do senador Jarbas
Vasconcelos de volta à região: “Depois de três anos de seca, Jarbas aparece
para ensinar como conviver com o semiárido. É brincadeira!”
Raio X de Eduardo - A ISTOÉ também noticia que caberá ao PMDB, que
tem PHD no assunto, fazer um levantamento dos cargos que o PSB do governador
Eduardo Campos ocupa no Governo Federal. O engraçado é que não se trata apenas
da era Dilma, mas desde a chegada do ex-presidente Lula no Palácio do Planalto
em 2003. A missão caberia ao PT, mas o PMDB topou.
Patinho feio - De olho no Palácio das Princesas, o prefeito de
Petrolina, Júlio Lóssio, tem o aval do PMDB nacional, mas o comando estadual da
legenda ignora seu projeto. Tanto que não abriu para ele nenhum segundo do
bombardeio de comerciais em rede estadual de rádio e televisão que foram ao ar
nos últimos dias. Lóssio teve direito apenas aos espaços na TV Grande Rio.
Na oposição
O deputado Sérgio Leite nega que tenha interesse ou
defendido o alinhamento do PT ao Governo de Júnior Matuto (PSB) em Paulista.
Garante que a orientação é de oposição à bancada petista na Câmara.
E
acrescenta que acompanha atentamente o processo que o prefeito responde na
justiça por uso da máquina e do poder econômico na campanha.
CURTAS
BOMBA DO DIA – As atenções da cena política nacional se voltam,
hoje, para a passagem do ex-ministro José Dirceu por Pernambuco. Cumpre agenda
num seminário do PT no Recife e depois vai a Caruaru. O ex-capitão de Lula vai
reafirmar o que disse sobre o ministro Fux em entrevista à Folha de São Paulo?
EM 2018– Na palestra que proferiu em Petrolina, sábado passado, num
seminário sobre Previdência, o jornalista Sidney Rezende, da Globo News, disse não
acreditar nas chances do governador Eduardo Campos na disputa presidencial em
2014. “Tenho impressão que ele adia o projeto para 2018”, afirmou.
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