quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Do blog do Magno Martins: Coluna da quarta-feira

A ESPERA DO PT - Com a formalização da chapa da Frente Popular, tendo o secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), como candidato a governador, o mais provável é que o senador Armando Monteiro Neto, postulante do PTB à sucessão estadual, antecipe também a sua chapa. O trabalhista gostaria imensamente de poder avançar nesta direção.

Só que não depende exclusivamente dele e sim do PT, o Partido dos Trabalhadores, com quem Armando negocia uma aliança para se fortalecer no enfrentamento da estrutura poderosa montada para alavancar a candidatura de Câmara.

Legenda formada por grupos e correntes antagônicas, o PT tem sua própria forma de decidir em cima do assembleísmo, conferências, reuniões e, muitas vezes, até prévias. O processo é por demais democrático e salutar. O próprio Armando reconhece.

Em entrevista ao Frente a Frente, o senador afirmou que, embora ache necessário antecipar o calendário, não passa pela sua cabeça exercer qualquer tipo de pressão sobre o PT. “O PT tem a sua própria dinâmica”, ressalta o senador.

Pelo calendário estabelecido, os petistas só vão começar a discutir a aliança com o PT após o Carnaval, estendendo a discussão até meados de março. Brasília (leia-se o comando nacional do PT) já tomou a decisão de marchar unido com Armando e essa orientação foi passada aos líderes do partido no Estado pelo presidente do diretório nacional, Rui Falcão.

 O PT pernambucano, entretanto, já assimilou a recomendação, mas vai seguir os trâmites locais até para não ferir suscetibilidades. O fato mais do que real é que não há mais retorno no fechamento da aliança PTB-PT, mas isso será feito dentro do tempo do PT pernambucano, que não é o mesmo tempo do comando nacional.

NA BERLINDA – O deputado João Paulo é o nome que mais agrega para disputar o Senado na chapa de Armando. Só que o ex-prefeito está temeroso por razões que fogem ao seu controle, como o julgamento de processos embaraçosos da sua gestão pelo Superior Tribunal de Justiça. Por isso mesmo, o deputado já chegou a admitir disputar um mandato de deputado estadual. Com isso, o fórum de todos os julgamentos seria avocado para Pernambuco. 


BADERNA OFICIAL – Dinheiro oficial, da CEF e do BNDES, num total de R$ 550 mil, bancou o evento do MST em Brasília, há duas semanas, que acabou em pancadaria. Não é a primeira vez que o PT patrocina a baderna. Em 2006, o MSLT, do finado Bruno Maranhão, recebeu R$ 5 milhões para um ato que acabou com a invasão e depredação da Câmara dos Deputados.



BOA SACADA – O secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, Felipe Carreras, disse, ontem, ao Frente a Frente, que Governo do Estado e a Prefeitura economizaram mais de R$ 1 milhão com o cancelamento da aquisição de camarotes oficiais para o desfile do Galo da Madrugada. Na semana passada, o Governo já havia cancelado também um grande evento da Copa.

CHAPA DA OPOSIÇÃO - Tem muita gente apostando na seguinte chapa da oposição: Armando Monteiro (PTB) para o Governo do Estado, Micheli Collins (PP) para vice e João Paulo (PT) para o Senado. No caso do ex-prefeito não topar a disputa majoritária, seu nome seria substituído pela deputada Teresa Leitão, presidente estadual do PT.

CAMINHO PRÓPRIO - O presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, garante que não se aliará ao palanque de Armando, levando a sua legenda à disputa majoritária com a candidatura da vereadora Micheli Collins a governadora. Segundo ele, a prioridade é eleger seis deputados federais. Da Fonte terá um encontro com Lula para tratar do assunto logo após o Carnaval.

CURTAS

AGAMENON – O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), comunicou, ontem, ao presidente da Folha de Pernambuco, Eduardo Monteiro, neto de Agamenon Magalhães, que o ex-governador será homenageado durante o aniversário da cidade, em 6 de maio. Uma comenda com o nome de Agamenon, natural de Serra, será entregue a uma das suas filhas, Maria do Carmo.

É FEDERAL – O deputado Fernando Bezerra Filho (PSB) desconhece movimentos dentro da base governista para que desista da reeleição e dispute um mandato de deputado estadual. “Nunca existiu essa possibilidade”, garante o herdeiro político do ex-ministro Fernando Bezerra, agora candidato a senador.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: Quantos secretários vão deixar o Governo ou serão convidados a sair pelo vice João Lyra quando assumir em abril?


'Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria'. (Provérbios 18-1)

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