PMDB DÁ UMA CANSEIRA DANADA! - Existe coisa mais vergonhosa do que
precisar se munir de falsas ameaças e discursos vazios para obter espaço na
mídia? Não é novidade para ninguém que uma grande parte do PMDB anda
descontente com as decisões (ou a falta delas) tomadas pela presidente Dilma
Rousseff (PT), mas ficar nesse chove-não-molha de dizer que vai romper uma
aliança construída à nível nacional, isso sim é novidade. Ou talvez não seja.
A política separa o joio do trigo
como ninguém quando o assunto é indecisão. Ficar em cima do muro não rende
votos, não consolida alianças e não atrai capital. A incerteza sobre quais
bandeiras serão defendidas ao longo de um mandato não faz brilhar os olhos de
quem tem dinheiro para bancar campanhas.
Ainda assim, líderes
peemedebistas insistem em ameaçar a cúpula petista. Da boca para fora, porque
essa novela, que se arrasta há mais de um ano, não deve terminar numa ruptura.
Ao menos não a nível nacional.
O PMDB é um partido que adora
indicar. Não pode ver um lugar vago que logo trata de reunir uns e outros para
apontar aquele nome, aquele quadro indispensável. Gosta tanto do verbo indicar
que, mais dia, menos dia, vai indicar alguém para algum posto de conciliador na
Venezuela ou na Ucrânia. Não importa onde, como ou quando, o importante é
indicar.
O problema é que, para continuar
com saga de indicações, o partido precisa continuar ao lado de quem está no
poder. Estabelecer uma aliança com os adversários da presidente Dilma Rousseff,
ainda que possível, não é viável, muito menos fácil. E ainda que tais planos se
concretizassem, elos já foram firmados e, por isso, naturalmente, os
peemedebistas teriam que reduzir o número de indicações.
Então, se com uma ruptura nessa
altura do campeonato o partido poderia vir a perder um dos seus maiores
passatempos, qual o motivo de tanta picuinha pública? Falta do que fazer, só
pode.
FIFA FAN FEST – O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, aproveitou a
passagem pela capital pernambucana, quando representou a presidente Dilma
Rousseff (PT) no velório do ex-deputado federal Sérgio Guerra (PSDB), para
ventilar a possibilidade de o Recife sediar o Fifa Fan Fest. De acordo com o
ministro, a decisão da prefeitura foi de não usar recursos públicos para a
montagem do evento, o que, segundo ele, não deveria ser interpretado como um
cancelamento. “Uma coisa é dizer que não tem recurso público para fazer e outra
coisa é dizer que não vai fazer”, disse.
RENOVAÇÃO - A coordenação da campanha do governador Eduardo Campos
(PSB) à Presidência da República vai mesmo apostar na ideia da “nova política”.
As inserções do partido na tevê, a serem veiculadas neste mês de março,
mostrarão o governador orgulhoso por ter promovido uma renovação nos quadros
públicos do estado, uma forma de tentar aproximar o pré-candidato às vozes que
saíram às ruas em junho do ano passado. As peças publicitárias vão têm duração
de 30 segundos cada e vão ao ar em horário nobre nos próximos dias 07, 10 e 12.
EM PRATOS LIMPOS - O vice-governador João Lyra Neto (PSB) resolveu
acabar com os rumores sobre uma possível indigestão quanto à escolha de Paulo
Câmara (PSB) para a disputa ao Governo de Pernambuco e disse, ontem (7), que
vai trabalhar na campanha do correligionário. Ao contrário de uma parte dos
seus aliados, que moveram mundos e fundos para tornar conhecida a sua
insatisfação pelo ungido do governador Eduardo Campos (PSB), Lyra, político de
longa estrada, encontrou uma forma de lidar com o fato e se prontificou a não
medir esforços em prol de uma vitória da Frente Popular.
OSSO DO REINO - O Diário Oficial do Estado publicou, ontem (7), a
exoneração do então secretário-executivo de Agricultura do Governo de
Pernambuco, Oscar Barreto (PT). Um dos últimos petistas a resistir à resolução
da direção nacional que exigiu a entrega de cargos ocupados por petistas nas
gestões socialistas, Oscar, agora, começa a se desvencilhar do rótulo “petista
queijo do reino”, aquele que é vermelho por fora e amarelo por dentro. O
secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja, por sua vez, aparenta não se
importar com as piadinhas dos companheiros de legenda e permanece fiel... ao
osso.
CURTAS
MAGOOU - Apesar das aparências, o clima entre o ex-governador de
São Paulo, José Serra (PSDB), e o pré-candidato à Presidência da República,
Aécio Neves (PSDB), não anda tão amigável assim. A constatação surgiu durante o
velório do ex-deputado federal Sérgio Guerra, ontem (7), na Assembleia
Legislativa de Pernambuco. Aécio entrou por uma porta e Serra saiu por outra.
CESSAR FOGO – O presidente nacional do PMDB, Valmir Raupp, esteve
reunido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar encontrar
uma forma de acalmar os ânimos entre Rui Falcão (PT) e Eduardo Cunha (PMDB). Os
meios para isso continuam desconhecidos, mas os caciques concordaram que passou
da conta a troca de farpas entre o presidente petista e o líder peemedebista,
aliados, até então.
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