quarta-feira, 26 de março de 2014

Doze fotógrafos detidos por crime ambiental

 Foto: PF/ Divulgação
Todas as câmeras digitais apreendidas e as atividades de fotografia subaquática foram suspensas por 30 dias.

Doze fotógrafos subaquáticos foram detidos, tiveram os equipamentos recolhidos e ficaram 30 dias sem exercer a função, depois de serem flagrados alimentando peixes na zona de visitação das piscinas naturais de Maragogi, distante 5 km da costa, no Litoral Norte de Alagoas. 

A operação, realizada pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima da POlícia Federal (PF) em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e com a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APA), foi realizada no dia 27 de fevereiro.

De acordo com a polícia, para atrair os peixes para junto dos turistas e tirar fotos mais interessantes, vendidas posteriormente em CDs por cerca de R$ 50, os fotógrafos estariam alimentando os animais com pães e ração canina, prática inadequada para a conservação da biodiversidade, em especial à comunidade de peixes recifais. O gesto favorece o estabelecimento de espécies mais oportunistas e agressivas, como a saberé, promovendo a expulsão das demais espécies e prejudicando a saúde dos animais, ocasionando enorme impacto ambiental.

Os detidos levados à terra na embarcação da PF e de lá até a sede do ICMBio, onde foi lavrado um auto de infração com multas no valor de R$ 1.500 para cada um. Todas as câmeras digitais apreendidas e as atividades de fotografia subaquática foram suspensas por 30 dias. Entre multas aplicadas e equipamentos arrecadados, chegou-se a um valor total de R$ 30 mil.

De acordo com a Polícia Federal, várias ações repressivas e preventivas vêm sendo realizadas para evitar e coibir diversos crimes ambientais em várias localidades em Alagoas, como Maragogi, Taocas, Barra Grande, Galés e Paripueira, Toquinho e em Pernambuco, como São José da Coroa Grande Porto de Galinhas, Serrambi e Tamandaré.

Segundo a PF, também estão sendo desenvolvidos trabalhos de fiscalização com relação a documentação dos barcos, tráfico de drogas e de pessoas, documentação de estrangeiros, contrabando, transporte de menores, caça e pesca ilegal e invasão de área ambiental.


Diario de Pernambuco

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