Mudança na empresa americana vem após início de investigações / Reprodução da internet |
Braço da empresa nos EUA altera
forma de lucros e passa a cobrar mensalidades
A Telexfree Internacional,
sediada nos Estados Unidos, anunciou na última sexta-feira uma mudança
significativa na remuneração dos investidores. Em vez de ganhos fáceis do
modelo anterior, o novo plano exige mais investimento e algo que não existia
antes: mensalidades para contas do sistema de telefonia VoIP (pela internet) da
empresa, que antes sequer precisavam ser usadas para gerar lucros. O novo plano
dividiu quem continuou apostando na empresa, já investigada fora do Brasil.
Em junho passado, a Ympactus,
ex-Telexfree brasileira, foi congelada pela Justiça acusada de ser uma pirâmide
financeira. Ela oferecia retornos altos em troca de adesão mínima de R$ 600,
com lucro maior para quem trouxesse novos participantes. Não havia mensalidade.
Mas a Ympactus, aberta em 2012,
seria só licenciada para uso da marca Telexfree, inativa nos EUA desde 2002.
Ambas dizem serem negócios diferentes, embora os sócios Carlos Costa (porta-voz
de ambas), o brasileiro Carlos Wanzeler e o americano James Merril se revezem
no comando das empresas.
Quando a Ympactus foi bloqueada,
em junho passado, a americana passou a cobrar R$ 29 milhões da brasileira, que
tinha R$ 659 milhões em conta, e adotou o modelo de negócios no exterior, até
recentemente ser questionada também lá fora.
Sexta-feira passada, Costa, que
só se comunica através de vídeos postados no Youtube e no Facebook, anunciou o
novo plano de remuneração.
No exterior, a adesão de US$ 289
garantia retorno mínimo de US$ 20 semanais, por um ano. Agora será preciso
vender dez pacotes de ligações a US$ 49,90 cada e manter ao menos cinco contas
ativas, ao custo US$ 49,90 por mês, entre várias mudanças. Os investidores se
dividiram entre elogios e queixas de que, além de quebra de contrato, a mudança
significa reconhecer que o plano anterior não era viável, como dizem
autoridades brasileiras.
Jornal do Commercio
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