Veículo das vítimas ficou destruído. Fotos JC IMagem |
Um dos casos de maior repercussão
do Recife envolvendo álcool e direção está mais perto de um desfecho.
Foi
marcado para os dias 24 e 25 de setembro o julgamento por homicídio doloso (com
intenção) do então estudante Alisson Jerrar, acusado de matar num acidente de
trânsito a auxiliar de enfermagem Aurinete Gomes de Lima dos Santos, 33 anos,
ferir gravemente o marido dela, Wellington Lopes dos Santos, e a filha do
casal, que escapou por pouco. Jerrar foi denunciado por dirigir alcoolizado e
avançar o semáforo do cruzamento da Avenida Domingos Ferreira com a Rua Ernesto
de Paula Santos, em Boa Viagem, na ZONA SUL do Recife, no início da manhã do
dia 13 de dezembro de 2008, provocando a colisão.
O julgamento acontecerá na 2ª
Vara do Tribunal do Júri do Recife, no Fórum do Recife, sob o comando do juiz
Jorge Luís dos SANTOS Henriques. Está previsto para começar às 9h. O julgamento
acontece seis anos depois do crime porque a defesa de Alisson Jerrar usou e
abusou de todos os recursos permitidos pela Justiça para tentar desqualificar o
crime de doloso para culposo, como é enquadrado a maioria dos casos de
acidentes de trânsito. Apresentou recursos de primeiro e segundo grau, ou seja,
apelou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) e, por fim, ao Supremo Tribunal Federal (STF), perdendo em todos
os níveis.
Alisson Jerrar foi denunciado por
homicídio doloso e está sendo submetido a um júri popular pelo chamado dolo
eventual, qualificado pelo fato de ele estar alcoolizado no momento do
acidente.
O dolo eventual é quando, mesmo sem ter a intenção de matar, a pessoa
assume o risco com atitudes perigosas. No caso, a embriaguez, que o teria feito
avançar o semáforo de um dos cruzamentos mais importantes de Boa Viagem – a Rua
Ernesto de Paula Santos é a principal ligação da Zona Oeste com a ZONA SUL.
A
Justiça decidiu que Jerrar iria a júri popular, numa sentença do mesmo juiz que
irá comandar o julgamento, dada em outubro de 2010. Mas o réu teve permissão
para aguardar o julgamento em liberdade. Além do homicídio, Alisson Jerrar
também responde às acusações de tentativas de homicídio doloso contra o marido
da enfermeira e a filha dela.
A decisão de levar o réu a júri
popular atendeu ao pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A
Promotoria denunciou o rapaz alegando que o denunciado trafegava em alta velocidade e sob
efeito de bebida alcoólica. A investigação foi polêmica e os TRABALHOS da
Polícia Civil de Pernambuco tiveram que ser refeitos pela Polícia Federal, que
concluiu que o comerciante avançou o sinal vermelho a 110 quilômetros por hora.
Antes de indiciar Jerrar pelo
crime, a polícia chegou a apontar Wellington Evangelista como o responsável
pelo acidente. Isso porque um erro de cálculo da perícia deu a entender que ele
teria avançado o sinal vermelho. O engano foi desfeito e o marido da vítima,
inocentado.
Jornal do Commercio
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