Alguns
motoristas do Recife foram pegos de surpresa nesta sexta-feira (30) com grande
parte dos postos de combustíveis reajustando as tarifas de gasolina e diesel.
Embora o aumento só estivesse previsto para acontecer neste domingo (1º),
conforme o decreto presidencial 8.395, publicado no Diário Oficial da União
dessa quinta-feira (29), os postos já começaram a subir o preço nas bombas.
No
caso da gasolina, estabelecimentos que cobravam R$ 2,79 no litro agora vendem o
combustível por até R$ 3,29. O preço pago pelo litro do Etanol, no entanto, não
sofrerá reajuste, e hoje o valor pelo chamado álcool está, em média, R$ 2,39.
Com
a diferença entre os preços dos dois combustíveis, os motoristas dos carros
flex, que podem ser abastecidos com etanol e gasolina, podem ficar na dúvida
qual é a opção mais em conta financeiramente. Conforme a Agência Nacional de
Petróleo, só vale a pena abastecer com álcool se o valor for até 70% o valor da
gasolina.
Assim,
para realizar o cálculo é bem simples: divida o valor do litro do álcool pelo
da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, abasteça com álcool. Se for
maior, escolha a gasolina. Apesar deste cálculo ser usado como base, esta
fórmula pode não ser tão eficiente dependendo do motor de cada veículo. Com
isso, ainda com aumento para R$ 3,29 no litro, no Recife ainda é mais vantajoso
usar gasolina.
De
acordo com o diretor-presidente do Sindicombustíveis Pernambuco, Alfredo
Pinheiro Ramos, o aumento "antecipado" dos postos de combustíveis
pode estar relacionado com a necessidade de alguns donos de estabelecimentos
conseguirem dinheiro para comprar um novo carregamento. "Alguns postos
vendem combustível a um preço muito baixo, com esse aumento o lucro que se tem
hoje não dá para comprar um novo abastecimento com o novo preço, por isso devem
estar aumentando", analisou Alfredo.
Preço
do etanol varia, mas fica em média R$ 2,39
Preço
do etanol varia, mas fica em média R$ 2,39
Foto:
Mariana Dantas/NE10
ESPERANÇA
- Ainda segundo infromações do Sindicombustíveis Pernambuco, o grande número de
postos e distribuidoras de combustíveis no Estado faz com que os donos dos
estabelecimentos sejam adeptos de uma política considerada predatória.
"Hoje, se coloca um preço baixo o outro vai e baixa, e muitas vezes tem
posto que não consegue sustentar essa tarifa e acaba quebrando", explicou
o presidente do sindicato, Alfredo Pinheiro.
Nos
entanto, quem sai ganhando com essa disputa é o consumidor, que usufrui dos
"preços promocionais". É por causa disso que o Alberto Pinheiro
acredita que os valores que hoje estão nas bombas devem oscilar, principalmente
para baixo. Somente na Região Metropolitana do Recife há cerca de 450 postos de
combustíveis. No Estado, são aproximadamente 1.300, que recebem combustível de
17 distribuidoras diferentes.
Portal
Ne10.com
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