SÃO PAULO (Folhapress)
As maiores redes de supermercado do País já se preparam para o fim da distribuição de sacolas plásticas gratuitas em suas lojas. Consideradas “vilãs’‘ da natureza pelos ambientalistas, grandes cidades, como São Paulo, Belo Horizonte e Ribeirão Preto, têm projetos de lei para proibir seu uso. No Rio, já vigora norma que não proíbe as sacolas, mas obriga o comerciante a dar desconto de R$ 0,03 a cada cinco produtos comprados sem o uso delas. A prática de dar desconto também já está sendo adotada em outras cidades, como Recife.
Outros países, como Itália, França, Alemanha, China e África do Sul, baniram as sacolas ou cobram por seu uso.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que o País consuma cerca de 12 bilhões de sacolas ao ano, ou 63 por habitante. Pesquisa feita em 2010 pelo Walmart em parceria com o Ministério do Meio Ambiente mostra que 60% da população é a favor de leis que proíbam a distribuição de sacolas. “É um movimento inexorável [o fim das sacolinhas]. Vai acontecer’’, disse Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour.
As três maiores empresas varejistas do País já trabalham para extinguir ou diminuir o uso de sacolas e oferecem alternativas aos clientes. O Carrefour vende sacolas retornáveis e oferece caixas de papelão para o transporte de compras. O Pão de Açúcar tem estratégia similar, e bonifica os clientes de seu programa de fidelidade que não usarem sacolas plásticas. Já o Walmart dá desconto em produtos e tem caixa preferencial para quem não usa os sacos. A empresa pretende reduzir em 50% o uso do plástico em três anos.
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