Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
Faleceu nesta segunda-feira, aos 105 anos, a matriarca da família Ferrer, de Vitória de Santo Antão, Áurea Ferrer de Moraes. O sepultamento está marcado para as 16h de hoje, no Cemitério de Vitória de Santo Antão.
Não fosse um história de amor não existiria um dos itens mais icônicos de exportação de Pernambuco. Justiça seja feita: a "patente" afetiva da Engarrafamento Pitú pertence a Dona Áurea. E olhe que a matriarca da família Ferrer, de Vitória de Santo Antão (a 50 km do Recife), e antiga degustadora de vinho e cerveja nunca tomou um gole sequer de cachaça. "Não gosto", jurava ela, taxativa. Apesar de não ser muito afeita à branquinha, ela teve visão empreendedora, digamos caseira, para aconselhar o marido, Severino Ferrer, a deixar o comércio volátil de peles caprina e ovina administrada junto com o sogro, nos anos 1930, e enveredar pelo ramo de bebidas.
Eis que, em 1936, Severino compra do cunhado Dácio Travassos Sarinho a fábrica que engarrafava vinagre, vinho de jurubeba e álcool; e, em seguida, passa a produzir as aguardentes Confiança e Tupi. Um ensaio para, seis anos depois, lançar finalmente a marca Pitú.
Há cinco anos, ela se locomovia em uma cadeira de rodas. A centenária criou e educou onze filhos. Severino Ferrer não foi seu primeiro namorado; foi o grande amor da sua vida. Uma união que, a um mês e meio de completar bodas de ouro, foi interrompida pela morte do esposo.
"Feio ele não era", dizia, com um bom humor direto, ao ser questionada sobre a primeira impressão ao ser cortejada pelo marido. A festa de Santo Antão da Matriz foi o palco da paquera inicial entre Severino e Áurea, embora já se conhecessem de vista. "Ela tinha 15 anos. Meu pai era feirante de charque e trazia produtos de Glória do Goitá e Pombos", conta um dos filhos, Pedro Ferrer. Quando se casaram, ela, natural de Limoeiro, tinha 18 anos, e ele, de Paudalho, 24. Dos onze filhos criados, nove estão vivos. Mas só dois deles, Aluísio, 83 anos, e Paulo, 80, decidiram dar continuidade aos negócios do pai. Hoje ela tem 30 netos, 48 bisnetos e seis tataranetos.
Talvez o segredo da longevidade de Dona Áurea tenha sido a visão pragmática sobre a vida. Nem após o marido passar sete anos em estado vegetativo, em decorrência de um derrame, ela aceitou a sugestão dos médicos de oferecer medicamento de sobrevida. Neste período, ela também perdeu dois filhos adultos.
Com informação do Diario de Pernambuco"Feio ele não era", dizia, com um bom humor direto, ao ser questionada sobre a primeira impressão ao ser cortejada pelo marido. A festa de Santo Antão da Matriz foi o palco da paquera inicial entre Severino e Áurea, embora já se conhecessem de vista. "Ela tinha 15 anos. Meu pai era feirante de charque e trazia produtos de Glória do Goitá e Pombos", conta um dos filhos, Pedro Ferrer. Quando se casaram, ela, natural de Limoeiro, tinha 18 anos, e ele, de Paudalho, 24. Dos onze filhos criados, nove estão vivos. Mas só dois deles, Aluísio, 83 anos, e Paulo, 80, decidiram dar continuidade aos negócios do pai. Hoje ela tem 30 netos, 48 bisnetos e seis tataranetos.
Talvez o segredo da longevidade de Dona Áurea tenha sido a visão pragmática sobre a vida. Nem após o marido passar sete anos em estado vegetativo, em decorrência de um derrame, ela aceitou a sugestão dos médicos de oferecer medicamento de sobrevida. Neste período, ela também perdeu dois filhos adultos.
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