Em meu primeiro artigo tentei de forma sucinta dá uma explicação sobre o conceito de saúde e de como ele é abordado em seu contexto geral. Agora venho até vocês para tratar de outro assunto que muitas vezes nos passa despercebido, é a forma de promoção da saúde no Brasil.
Quando se fala em promoção à saúde em nosso país, muitos não sabem que ela é um direito garantido por lei e conquistado com muita luta.
Vou contar-lhe como tudo isso começou,
Brasil período colonial, não se tinha nem rumores de serviço de saúde, mas em 1808 com a chegada da família imperial ,o país dá um salto bastante significativo nesse sentido,mais ainda ter um acompanhamento de saúde era privilégio apenas da nobreza e os pobres ficavam sob os cuidados da casas de caridade, ou Santa Casa de Misericórdia que eram mantidas pela Igreja Católica.
Com a industrialização os centros urbanos se transformaram em verdadeiros amontoados de pessoas, dando origem assim as favelas e cortiços, que eram verdadeiros centros de distribuição de doenças.
Preocupados com esse problema, representantes dos trabalhadores os patrões e a presidência da república criaram as caixas de aposentadoria e pensão (CAP), onde apenas eram beneficiados as pessoas que contribuiam para a manutenção das CAPs. Mais tarde o presidente Getúlio Vargas dá o pontapé inicial ao que seria um dia a saúde pública,é quando ele cria o Instituto Nacional de Amparo e Previdência Social (INAMPS). Mas vale apena salientar que só quem tinha direito ao atendimento eram os empregados que pagavam por essa seguridade. Daí para frente o INAMPS mudou varias vezes de nome.
Enquanto isso o povo se organizava nas comunidades formando associações e conselho, entre uma parcela da população que estava preocupada com um sistema que atendesse a todos, estavam grandes sanitaristas e especialistas em saúde coletiva que se especializavam em outros países e tentavam trazer essas práticas para o Brasil, contudo desde 1950, ocorria a cada quatro anos a conferência nacional de saúde, porém a sociedade civil organizada não participava de uma forma direta, uma vez que o país vivia sobre uma forte ditadura, o que impedia o poder popular no controle da saúde.
Com o final da ditadura na década de 80, o povo começou a participar de uma forma mais atuante, mas ainda o sistema que contemplava a todos ainda era um embrião, que somente iria nascer no final dos anos 80, quando em 1986 foi realizada a 8ª conferência nacional de saúde, na qual foi lançado as bases para a criação de um sistema de saúde que contemplasse de forma igualitária a população.
Porém com a luta de todos e o empenho dos parlamentares e da presidência da república, em fim estava consolidado um sonho que parecia impossível, em setembro de 1988 estava criado o Sistema Único de Saúde (SUS).
Atendendo o apelo popular e as exigências do Art.6º da constituição federal recém promulgada e sendo regida pela lei 8.080, onde estão todas as diretrizes que regem o sistema de saúde. Depois de um pouco de história, eu quero me reportar a você leitor crítico do sistema eu apenas lhe digo, não aceite as disparidades, mas lembre-se que ele ainda é um jovem em desenvolvimento.
Um abraço para todos (as) os meus amigos leitores , até a próxima e desejo a vocês muita saúde.
Por: José Marcio "GUGA"
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