Do JC Online
Médicos legistas decidiram, em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira (24), promover um dia de mobilização no Instituto de Medicina Legal (IML) em Santo Amaro, Centro do Recife. O ato, que acontece na próxima segunda-feira (28), tem como objetivo alertar à população sobre a precariedade do seviço.
A categoria reclama do quadro reduzido de legistas e o congelamento dos salários nos últimos três anos, e na segunda-feira irá trabalhar em operação padrão. Apenas os exames de flagrantes serão realizados normalmente. Alguns serviços serão suspensos e deve haver uma diminuição no número das perícias tanatoscópicas.
De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Médicos Legistas (Apemol), Carlos Medeiros, o processo de discussão das reinvidicações da categoria com o Governo do Estado teve início em 2010, mas até agora nada foi definido. A Apemol estava aguardando para esta quinta-feira (24) uma reunião com representantes do Estado para ouvir as contra-propostas do governo, mas o encontro foi adiado indefinidamente. Entre as reinvidicações da categoria, além do aumento salarial e no quadro de funcionários, está a autonomia financeira e administrativa do IML.
Sendo assim, os médicos legistas decidiram realizar a operação padrão, como meio de chamar a atenção não apenas a população, mas também do Governo. "Nosso salário base é de R$900. A carga horária foi aumentada de 30 para 40 horas, mas a revisão salarial não foi cumprida", afirma Carlos Medeiros.
O presidente da Apemol também afirma que, apesar de a operação padrão estar marcada apenas para a segunda-feira, ela pode se extender durante o Carnaval. "Não é a nossa pretensão, mas há a possibilidade. Vai depender de como o Governo vai agir", informa.
Já na noite de segunda os legistas se reúnem, às 19h, na sede do IML para avaliar a operação e definir as próximas ações da classe.
POUCOS MÉDICOS - Atualmente, cerca de 60 médicos legistas trabalham em todo o Estado, nos IMLs de Caruaru, Petrolina, Paulista e em Santo Amaro, no Recife. De acordo com Carlos Medeiros, este quadro deveria ser, pelo menos, duplicado. "Os postos de atendimento atuais não dão conta da demanda. Duplicar (o número de médicos) nos dará uma condição mais confortável, e quem sabe (possamos) expandir os serviços." A expansão dos postos de atendimento seria uma resposta às demandas do interior.
Para complementar o quadro de servidores do IML, que diminuiu com a aposentadoria de alguns profissionais que não foram repostos, 70 médicos foram convocados para fazer o curso de formação na academia de polícia. Com efetivação prevista para maio, os candidatos já teriam avisado, entretanto, que não assumirão os cargos se não houver melhoria nas condições de trabalho.
Enquanto o número de médicos legistas continua defasado, os profissionais que trabalham na área terão muito trabalho, principalmente durante o Carnaval, quando a demanda aumenta em aproximadamente 30%. "Existe uma proposta de postos de atendimento intinerantes durante mas é impossível, uma vez que não há médicos nem mesmo para os atendimentos normais", conclui Medeiros.
A categoria reclama do quadro reduzido de legistas e o congelamento dos salários nos últimos três anos, e na segunda-feira irá trabalhar em operação padrão. Apenas os exames de flagrantes serão realizados normalmente. Alguns serviços serão suspensos e deve haver uma diminuição no número das perícias tanatoscópicas.
De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Médicos Legistas (Apemol), Carlos Medeiros, o processo de discussão das reinvidicações da categoria com o Governo do Estado teve início em 2010, mas até agora nada foi definido. A Apemol estava aguardando para esta quinta-feira (24) uma reunião com representantes do Estado para ouvir as contra-propostas do governo, mas o encontro foi adiado indefinidamente. Entre as reinvidicações da categoria, além do aumento salarial e no quadro de funcionários, está a autonomia financeira e administrativa do IML.
Sendo assim, os médicos legistas decidiram realizar a operação padrão, como meio de chamar a atenção não apenas a população, mas também do Governo. "Nosso salário base é de R$900. A carga horária foi aumentada de 30 para 40 horas, mas a revisão salarial não foi cumprida", afirma Carlos Medeiros.
O presidente da Apemol também afirma que, apesar de a operação padrão estar marcada apenas para a segunda-feira, ela pode se extender durante o Carnaval. "Não é a nossa pretensão, mas há a possibilidade. Vai depender de como o Governo vai agir", informa.
Já na noite de segunda os legistas se reúnem, às 19h, na sede do IML para avaliar a operação e definir as próximas ações da classe.
POUCOS MÉDICOS - Atualmente, cerca de 60 médicos legistas trabalham em todo o Estado, nos IMLs de Caruaru, Petrolina, Paulista e em Santo Amaro, no Recife. De acordo com Carlos Medeiros, este quadro deveria ser, pelo menos, duplicado. "Os postos de atendimento atuais não dão conta da demanda. Duplicar (o número de médicos) nos dará uma condição mais confortável, e quem sabe (possamos) expandir os serviços." A expansão dos postos de atendimento seria uma resposta às demandas do interior.
Para complementar o quadro de servidores do IML, que diminuiu com a aposentadoria de alguns profissionais que não foram repostos, 70 médicos foram convocados para fazer o curso de formação na academia de polícia. Com efetivação prevista para maio, os candidatos já teriam avisado, entretanto, que não assumirão os cargos se não houver melhoria nas condições de trabalho.
Enquanto o número de médicos legistas continua defasado, os profissionais que trabalham na área terão muito trabalho, principalmente durante o Carnaval, quando a demanda aumenta em aproximadamente 30%. "Existe uma proposta de postos de atendimento intinerantes durante mas é impossível, uma vez que não há médicos nem mesmo para os atendimentos normais", conclui Medeiros.
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