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| Francisco de assis Rosa e Silva |
INTRODUÇÃO: O ROSISMO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
PARTE 2
Assumindo a chefia do PARTIDO REPUBLICANO FEDERAL EM PERNAMBUCO, com a eleição , para governador, do seu correligionário Dr. JOAQUIM CORREIA DE ARAÚJO, em 1896, iniciaria o Dr. FRANCISCO DE ASSIS ROSA E SILVA (falaremos dele mais adiante) longo período de domínio da política pernambucana, o qual se prolongaria até o ano de 1911.
Seus adversários políticos, partidários do BARÃO DE SUASSUNA, de JOSÉ MARIANO e de MARTINS JUNIOR, tentaram repetidas vezes, coligar-se para organizar um esquema de combate, ou um frente de oposição capaz de vencê-lo nas urnas, mas fracassaram devido a velhas intrigas, antigas rivalidades e problemas que os separavam, impossibilitando-os de confiarem uns nos outros para consecução do objetivo comum.
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| Herculano Bandeira |
E assim, elegendo seus amigos, fiéis e dedicados, como governadores- o Dr. JOAQUIM CORREIA DE ARAÚJO, EM 1896; O Dr. ANTÔNIO GONSALVES FERREIRA, 1900; o DESEMBARGADOR SIGISMUNDO GONÇALVES, em 1904; o Dr. HERCULANO BANDEIRA DE MELO, em 1908- e mantendo-se no SENADO DA REPÚBLICA, reteve o Dr. ROSA E SILVA o comando supremo da política pernambucana.
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| Hermes da Fonseca |
Com a eleição do MARECHAL HERMES DA FONSECA para PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, em 1910, entretanto, iniciou-se, no país a CAMPANHA DA SALVAÇÃO, com o objetivo de derrubar aqueles políticos que se eternizavam na chefia do partido, como senhores absolutos, verdadeiros oligarcas.
Claro que PERNAMBUCO, onde ROSA E SILVA imperava havia 16 anos, estaria na mira dos “SALVACIONISTAS”.
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| General Emídio Dantas Barreto |
A oportunidade para derrubar o ROSISMO surgiu, em 1911, com a candidatura do GENERAL EMÍDIO DANTAS BARRETO, (veja matéria postada sobre DANTAS BARRETO).
Uniram-se todos os oposicionistas, sob a bandeira do PARTIDO REPUBLICANO CONSERVADOR, então organizado, confiando no total apoio do MARECHAL HERMES DA FONSECA ao seu colega de farda.
Compreendendo a gravidade da situação, o Dr. ROSA E SILVA apresentou-se como candidato, esperando como grande eleitor, que fora, do PRESIDENTE DA REPÚBLICA neutralizar a ação deste.
A QUEDA
Estava, porém, lavrada a sentença de morte do ROSISMO e PERNAMBUCO na campanha eleitoral, inclusive com o recurso às armas, tendo o estado vivido dias tormentosos, talvez os mais negros de sua história política.
Realizada a eleição a 05 de dezembro de 1911, sob a maior pressão do governo federal, conseguiu ROSA E SILVA vencê-la por uma diferença pouco superior a 2.000 votos.
Conhecidos os resultados, instala-se o terror no RECIFE, sendo constantes os choques armados entre a polícia, soldados do exército e elementos populares.
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| Estácio Coimbra |
Diante da gravidade da situação, o Dr. ESTÁCIO COIMBRA, que governava o estado, como PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA, substituindo o Dr. HERCULANO BANDEIRA, governador e o presidente do senado, 1° substituto legal daquele, ambos renunciantes, abandona o PALÁCIO, mas não o estado. A maior parte dos deputados e senadores estaduais, a quem competia o reconhecimento oficial do governador eleito, ausentara-se da capital, receando as represálias se votassem a favor de ROSA E SILVA.
Manda-se buscar o PADRE JOÃO BEZERRA DE CARVALHO, pároco da freguesia da GLÓRIA DO GOITÁ e vice-presidente do senado estadual, para assumir o governo do estado, por se achar o governador em lugar incerto.
Convocado o congresso estadual, dos 42 membros que o compunham, compareceram 13(cinco senadores e oito deputados), os quais, a 18 de janeiro de 1912, após anularem os resultados de várias seções eleitorais, por eles impugnadas como irregulares, reconheceram o MARECHAL EMÍDIO DANTAS BARRETO como governador eleito por maioria de 1.104 votos.
No dia seguinte, assumia DANTAS BARRETO o exercício do cargo, encerrando o consulado do Dr. FRANCISCO DE ASSIS ROSA E SILVA na direção política de PERNAMBUCO.
CONTINUA...
FONTE: ARAGÃO, José de. História da Vitória de Santo Antão- volume 2
POR JOHNNY RETAMERO
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