Compra de parte do ex-Banco de Sílvio Santos derruba a pernambucana Maria Fernanda Coelho da presidência da CEF
1- A compra de 40% das ações do Banco Panamericano quando esta instituição já estava falida e apresentando um rombo de mais de R$ 2 bilhões derrubou, nesta quinta-feira, a pernambucana Maria Fernanda Ramos Coelho da presidência da Caixa Econômica Federal.
2- No entanto, por não ter decidido, sozinha, comprar parte do Banco que falira (antes da operação o dono do SBT esteve com o presidente Lula, em Brasília), Maria Fernanda recebeu uma espécie de promoção.
3- Hoje mesmo recebeu convite da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, petista como ela, a assumir a vaga que cabe ao Brasil no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington.
4- A pernambucana irá ocupar no BID a vaga que pertencia a José Carlos Miranda, que está em aberto há vários dias.
5- Para o lugar de Maria Fernanda, o ministro Guido Mantega convidou imediatamente o vice-presidente da CEF, Jorge Hereda, do PT de São Paulo, uma espécie de “pau para toda obra” nos governos petistas.
6- A pernambucana começou a fragilizar-se na presidência da CEF desde a descoberta de que o Banco Panamericano estava falido.
7- Ela nunca deu explicações sobre a compra de parte deste Banco e ainda hoje não se sabe se a decisão de comprá-lo foi apenas dela, no intuito de expandir os negócios da Caixa, ou se do então presidente Lula.
8- Com a sua saída, o governo da presidente Dilma Rousseff perde uma de suas mulheres mais influentes.
9- Ela é pernambucana de Olinda, irmã do ex-deputado João Coelho, assessor do senador Jarbas Vasconcelos, e tia do deputado Daniel Coelho (PV).
10- Oxalá o seu substituto consiga resolver ou pelo menos minorar um grave problema que Maria Fernanda não conseguiu: o da burocracia. A CEF é hoje, sem favor (é só perguntar aos prefeitos), o órgão mais burocratizado do Brasil.
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