MARIA QUITÉRIA Heroína das guerras pela independência do Brasil: 1792(?) - 1853(?) PARTE 4 Vida cinzenta, então; vida medíocre, morna, quebrada apenas pela beleza das tempestades que faziam cair raios e rolar pedras pela Serra da Agulha. Afora esses raros momentos de perigo e esplendor, a moça sopitava anseios. Haveria de sentir, na sua situação de mulher normal, dinâmica, cheia de apetites, certas ânsias, certos movimentos de alma, aquelas perturbações interiores, aquele mal-estar permanente que são atribuídos à adolescência e à entrada, sem definições claras, na vida adulta. A maioridade chega, Maria Quitéria está sem realização pessoal digna de seus sonhos. E ela há de ter compreendido que, somente dela, e não dos outros, há de vir a desejada definição existencial e, em conseqüência, a paz de espírito. Maria Quitéria alcança, assim, a hora crítica de sua vida no instante em que Pedro I é pressionado pelas Cortes portuguesas, que desejam sufocar movimentos libertadores no Brasil, e Cachoeira, a Heróica, antecipa a Independência. Temos, então, que a libertação do Brasil coincide com a libertação de Maria Quitéria. De um lado, a Pátria jungida que procura arrebentar correntes; de outro, a camponesa aprisionada ao patriarcalismo familiar sertanejo. Uma e outra querendo a liberdade, dispostas a morrer por sua cidadania. Emancipava-se o Brasil, emancipava-se a Mulher brasileira.
FONTE: www.vidaslusofonas.pt POR JOHNNY RETAMERO |
terça-feira, 19 de abril de 2011
HÁ 219 ANOS NASCIA O SOLDADO(A) MEDEIROS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário