A equipe do VEN (VIA EXPRESSA DE NOTÍCIAS), ao se deslocar para os pontos mais críticos da VITÓRIA DE SANTO ANTÃO (em relação à cheia), ouviu muitas pessoas culparem o GOVERNO MUNICIPAL pelos transtornos ocasionados pelas chuvas. Mas, usando um trecho bíblico quando narra uma passagem sobre MARIA MADALENA, a adultera que vai ser apedrejada, JESUS se aproxima e diz: “quem não tiver pecado atire a primeira pedra”. Por isso o BLOG VEN colocará alguns pontos para que os nossos leitores possam abrir uma grande discussão, no intuito de dá idéias e críticas construtivas.
DIOGO DE BRAGA 1626
Em 1626, o português DIOGO DE BRAGA chega a VITÓRIA para colonizá-la com sua família, construindo algumas casas e uma capela erigida a SANTO ANTÃO, onde hoje, está a PRAÇA D. LUÍS DE BRITTO na matriz. Como é sabido de todos, a colonização portuguesa, tinha como característica a exploração de recursos até seu esgotamento.
Primeiro desmataram a MATA ATLÂNTICA, para retirar o PAU-BRASIL, depois a CANA-DE-AÇÚCAR e finalmente a criação de GADO BOVINO, onde VITÓRIA se notabilizou muito nessa atividade.
Essas atividades causaram grande devastação na MATA ATLÂNTICA de VITÓRIA e principalmente a MATA CILIAR que margear o RIO TAPACURÁ, esse tipo de vegetação é que mantém o solo das margens fixa, evitando o assoreamento.
Assoreamento do Rio |
Com o crescimento natural das cidades, o RIO TAPACURÁ, acabou sendo ocupado por populações ribeirinhas que desmataram a MATA CILIAR, que margeia o referido rio. E com isso acelerando o processo de ASSOREAMENTO da CALHA DO RIO. Mas não podemos também esquecer as áreas de VÁRZEAS, terrenos sedimentares que margeiam o RIO TAPACURÁ, e que naturalmente enche com o período chuvoso, estão também ocupadas.
URBANIZAÇÃO
Êxodo Rural |
Nos últimos anos surgiram novos bairros em VITÓRIA DE SANTO ANTÃO como: COHAB BELA VISTA I e II, ALTO JOSÉ LEAL, BAIRRO NOVO, LOTEAMENTO MÁRIO BEZERRA, BELO HORIZONTE, IRAQUE I E II, IRÃ, LOTEAMENTO LUÍZ GONZAGA, SÍTIO DO MEIO, LOTEAMENTO MAJOR EXPEDITO, LOTEAMENTO SANTANA, CAIÇARA I, II, III, LOTEAMENTO REAL, CAJUEIRO, LOTEAMENTO DOS TRAJANOS, entre outros, ocasionado pela vinda do homem do campo para a cidade (êxodo rural) e também da migração de pequenas cidades para VITÓRIA, aumentando mais ainda a especulação imobiliária junto ao RIO TAPACURÁ e o despejo de esgoto domestico no mesmo rio.
FALTA DE CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA
A cheia de 1975 em VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, só os mais velhos se lembram. Na década de 80 eu cheguei a tomar banho no RIO TAPACURÁ, onde antes havia um grande volume de água (jardim Ipiranga) e pude acompanhar 3 fenômenos:
- A ocupação das margens do RIO TAPACURÁ;
- O esgoto doméstico sendo lançado no rio e;
- O assoreamento tornando em alguns pontos, o RIO TAPACURÁ em apenas um pequeno córrego;
A partir da década de 90 a questão ambiental toma fôlego, fazendo parte da mídia diária e até do currículo escolar.
PROVIDÊNCIAS TOMADAS PELOS GOVERNOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL NAS ÚLTIMAS CHEIAS
CULPA DOS GOVERNANTES MUNICIPAIS
Não houve um trabalho de limpeza das galerias de esgoto no VERÃO, como medida preventiva para evitar enchentes no centro da cidade;
Não realizou uma campanha de prevenção contra enchentes;
Não impediu que as pessoas retornasse a morar nos locais condenados da última enchente;
CULPA DA POPULAÇÃO
As lojas do centro da cidade também devem cuidar de seus lixos e não jogar na rua;
Os feirantes da PRAÇA DA BANDEIRA têm que coletar seus lixos e depositar em lugar adequado;
E o ponto mais cruel de todas, muitas pessoas que receberam as casas no período das cheias, venderam as mesmas por preço módicos, R$ 1.000(mil reais) e retornaram para morar no rio de novo;
IRONIA DO DESTINO PARA QUEM VENDEU AS CASAS, QUE CONQUISTARAM (DOS GOVERNOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL) DEPOIS DAS ENCHENTES PASSADAS.
Primeiro cometeram um crime, pois, não poderiam vender as mesmas;
Alegando ficar longe do centro da cidade, voltaram para margem do Rio Tapacurá, perdendo algumas famílias as casas de novo ou pelo menos, com elas condenadas a desabar;
Se as esferas de governos, acima citados, tiverem o cadastro das famílias que receberam as casas, as mesmas não poderão receber de novo, bem como, os que compraram, deveriam devolver as residências para o programa que as construiu;
E para quem vendeu as casas acima citadas, pensando que ali era o fim do mundo, terá nos próximos anos muitas surpresas:
A) construções de casas estilo chácaras próximo a PE-50, que está em pleno vapor, por trás ao bairro do IRAQUE;
Shopping Center foto Ilustrativa da Internet |
B) praticamente em frente ao referido bairro, onde hoje é o PARQUE DE EXPOSIÇÃO DE ANIMAIS, será no lugar construído um grande SHOPPING CENTER, dois empreendimentos que irá valorizar o hoje FIM DE MUNDO IRAQUE;
O AQUECIMENTO GLOBAL
Assunto já tanto falado na mídia local, brasileira e internacional resultado de ações antrópicas.
Se não podemos evitar, pelos menos temos que prevenir e diminuir seus efeitos;
OBRAS EMERGÊNCIAS QUE PRECISAM SER FEITAS A CURTO PRAZO
Limpar todas as galerias de esgoto do centro da cidade;
Conscientizar a população há não jogar lixo nas ruas e rio;
Evitar novas residências nas margens do RIO TAPACURÁ.
OBRAS A MÉDIO E LONGO PRAZO
Retirar as pessoas da margem do rio;
Aprofundar a calha e alargar o RIO TAPACURÁ;
Reflorestar as margens do rio contando com a iniciativa de empresas privadas, escolas e demais órgãos e ONGS;
BLOG VEN
Estes pontos acima citados são uma pequena análise, feitas pelo blog, no intuito de abrir uma discursão sobre o tema. Não temos a pretensão de ser o dono da verdade, mas apenas sensibilizar a toda a sociedade vitoriense, a discutir o tema, para evitar que as terríveis cenas que testemunhamos, não voltem a acontecer. Desde já agradecemos a todos.
TEXTO DO PROFESSOR JOHNNY RETAMERO
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