Fonte: R7 - Edição Marciene Cruz
Foi ao ar, no dia 12 de maio, o primeiro beijo gay entre mulheres na história da teledramaturgia brasileira. A cena entre as atrizes Luciana Vendramini e Giselle Tigre foi exibida durante um capítulo da novela Amor e Revolução, no SBT.
Luciana Vendramini e Giselle Tigre gravam beijo gay
Após beijo gay, Vendramini quer sexo lésbico na TV
O beijo entre homens, porém, foi anunciado inúmeras vezes, mas desta vez a promessa parece que vai se realizar e já tem data e hora para acontecer: 17 de julho, às 22h30h, na série Natália, da TV Brasil.
A cena será protagonizada pelo preparador de modelos Glória (Maurício Branco) e por Jean-Louis Crepon (Rodrigo Candelot) e será um simples beijo de despedida, como explicou ao R7 o diretor da trama, André Pellenz.
Contrário a toda movimentação que a expectativa da cena vem causando na mídia, Pellenz diz que o foco da série não é apenas o beijo gay. Ele argumenta que Natália discute outros temas polêmicos, como sexo, drogas e religião, e que não pretende levantar bandeiras pela causa homossexual.
- Quando gravamos, evidentemente que pensamos na polêmica que isso causaria por ser um beijo gay, mas a ideia, desde o início, não foi a de levantar bandeiras. Fizemos tudo naturalmente, sem censura, sem bloqueio, sem luz diferente e sem música.
O diretor diz que o beijo não é o assunto principal da cena – gravada desde outubro de 2010, editada entre novembro e dezembro e aprovada pela TV Brasil em janeiro.
Sobre a expectativa frustrada de um beijo gay em novelas brasileiras, Pellenz disse que a emissora pública – no caso dele, a TV Brasil – tem mais liberdade para experimentar e provocar, sem criar polêmicas.
- Não entro na corrente que culpa a Globo, porque cada um sabe o que faz. Não conheço as forças que impedem um beijo gay de ir ao ar. Sei que a emissora pública pode provocar de outra maneira e tivemos liberdade de abordagem em relação a isso.
“É bacana ser o primeiro ator a dar o beijo gay na televisão”, diz Rodrigo Candelot
Do coronel Formoso do filme Tropa de Elite 2 a Jean-Louis Crepon, Rodrigo Candelot, em entrevista ao R7, disse que não há muita distância. Para ele, a polêmica existe e o desafio do ator é o mesmo em qualquer trabalho.
- Quando faço um filme ou uma novela e gravo algo que tem uma certa polêmica, nunca fico me preocupando com a repercussão, sendo ela positiva ou negativa. Me preocupo com a cena, não com o julgamento do personagem. Em Tropa de Elite 2 foi assim, e agora também está sendo.
Candelot disse, ainda, que a polêmica é natural e que o beijo vem num momento importante (o Superior Tribunal Federal aprovou recentemente a lei que reconhece os direitos de união estável entre casais do mesmo sexo).
- Além de estarmos tratando de uma questão que é polêmica, mas não é antiética, ela vem num momento importante, com a decisão do STF.
O ator falou, rapidamente, sobre os preparativos e sobre o clima da aguardada cena com Maurício Branco.
- É um beijo carinhoso entre duas pessoas. Alguns falaram “Pô, vai dar beijo em outro cara?!”, mas deu tudo certo. Pensamos: vamos deixar rolar a cena e eu me aproximo do Maurício, sem nada marcado para ficar natural. Fizemos um ensaio bem rápido. Não fizemos julgamento, isso tinha a ver com os personagens.
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