Moradores das cidades da Mata Sul atingidas pelas enchentes em 2010 e este ano resolveram quebrar o silêncio e fazer pressão sobre os governos de Pernambuco e federal. Desde sábado, iniciaram um abaixo-assinado para reunir 60 mil assinaturas e cobrar dos gestores promessas feitas há um ano para evitar mais tragédias. Em um único dia quase três mil pessoas assinaram o manifesto.
O movimento está sendo feito na cidade de Palmares, mas diante da receptividade da população, reunirá assinaturas também em Água Preta e Barreiros, municípios devastados nas enchentes de 2010 e que voltaram a sofrer no fim de abril e início de maio deste ano.
Queremos agilidade. Há um ano o governo do Estado prometeu construir barragens e nada foi feito. Sabemos que recentemente o governo federal liberou recursos para as obras, mas temos pressa. Não podemos esperar mais um ano. Soubemos que já existem embargos ambientais para impedir a construção das barragens e resolvemos pressionar, explicou Edson Silva, um dos organizadores do manifesto.
Além de agilidade na construção de barragens, o movimento popular pretende exigir dos governos estadual e federal que cumpram outras promessas feitas em 2010. Prometeram construir, no prazo de seis meses, 2.900 casas em Palmares e até hoje nenhuma foi entregue. A população ainda está sob casas de plástico.
O hospital regional teve apenas 20% da obra concluída e atende somente a casos de emergência. Não há área para internamentos. E as linhas de financiamento, devido à burocracia, beneficiaram menos de 20% dos comerciantes que perderam tudo na cheia de 2010, criticou.
No último dia 13, a presidente Dilma Rousseff assinou convênios com o governador Eduardo Campos para construção de duas das cinco barragens que deverão ser erguidas no Estado: Panelas II, em Cupira, no Agreste, e Gatos, em Lagoa dos Gatos, na Mata Norte.
(Jornal do Commercico)
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