domingo, 10 de julho de 2011

ENTREVISTA COM O DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO


Na edição desta semana(Da Revista Época) os leitores entrevistaram o Deputado Federal que está causando polêmicas ao ter a coragem de assumir publicamente, sua homofobia. Liderou a oposição ao projeto que torna crime ataques verbais a homossexuais e a distribuição de kits contra homofobia nas escolas.

PERFIL: Paulista, militar da reserva, 56 anos, casado, pai de cinco filhos, cumpre o sexto mandato de Deputado Federal pelo PP-RJ, ex-capitão do exército, foi professor de educação física e vereador do Rio de Janeiro.

A seguir os pontos mais polêmicos desta entrevista:

“Não posso ter opinião contrária, pois sou tachado de preconceituoso, mas falo o que penso e tenho apoio de considerável parcela da sociedade.”

Leitor do CE - Qual seria sua reação se alguém de sua família decidisse abertamente pela homossexualidade?

Bolsonaro – Seria problema dele. Se essa fosse sua opção para ser feliz, não estaria (nem poderia ser) proibido por mim. Mas, certamente, na iria freqüentar a minha casa.

Leitor do RJ – Se você estivesse precisando de uma transfusão de sangue e o único sangue doado fosse de um homossexual, aceitaria a transfusão?

Bolsonaro – O risco de ser contaminado com o sangue de homossexual é 17 vezes maior do que como de heterossexual. Duvido que alguém aceite sangue doado por homossexual sabendo desse risco. Cuidar da minha saúde é diferente de ser preconceituoso.

Leitor do RJ – Não se acirra mais a homofobia tratando os homossexuais com diferenciação?

Bolsonaro – O Projeto de Lei Complementar (PLC) 122, que está para ser votado no Senado, visa condenar de dois a cinco anos uma pessoa que se nega a vender uma bicicleta a um homossexual. Se aprovado, fará com que um homicida cumpra menos anos de prisão do que quem chame alguém de gay ou bicha.

Leitor do RJ – Se esse projeto for aprovado, intimidará os assassinos de homossexuais. Qual seria a ação que o Legislativo deveria tomar para garantir os direitos da população LGBT?

Bolsonaro – A maioria dos homossexuais é assassinada por seus respectivos cafetões, em áreas de prostituição e consumo de drogas, inclusive em horários em que o cidadão de bem está dormindo. O PLC na prática, criará uma categoria de vítimas privilegiadas. Assassinar um heterossexual seria menos grave que matar um homossexual. Hoje mais de dez esposas/companheiras são assassinadas por dia. O que intimidaria a prática de crimes seria uma punição rápida e justa, a pena cumprida em sua totalidade sem qualquer regalia e com trabalhos, ainda que forçados, que pagasse o sustento do preso.

Leitor de SC – Em qual aspecto o senhor sente mais falta do Regime Militar?

Bolsonaro – Do respeito às autoridades e aos professores. Do pleno emprego, da segurança e da seriedade com que se tratava a coisa pública. Não há notícia de um só oficial-general, coronel, capitão ou sargento que tenha enriquecido. Essa foi a principal causa de o Brasil ter passado da 49ª para a 8ª economia mundial. Os militares não eram corruptos.

Leitor do PA – Caso fosse eleito Presidente da República, quais seriam sua três prioridades?

Bolsonaro – Obrigado pela lembrança. Se fosse o caso, conduziria o país de forma semelhante ao período entre 1964 e 1985, quando o professor era valorizado, o policial sentia orgulho de sua profissão, o Congresso tinha moral e o Judiciário era respeitado.

FONTE: www.epoca.com.br 

POSTADO POR WALKÍRIA ARAÚJO NOSSA CORRESPONDENTE DIRETO DE JABOATÃO DOS GUARARAPES

2 comentários:

Pedro Cesar disse...

viva bolsonaro!

Anônimo disse...

Bolsonaro é uma das poucas pessoas que dão a cara pra bater. Vivemos numa sociedade hipócrita onde muitos dizem que aceitam as diferenças, mas poucos aceitam de verdade. Acredito que nenhum pai ou mãe aceita com naturalidade ou orgulho um filho gay, porque há vergonha, preconceitos e piadinhas dentro da própria família. Talvez pra mãe não seja fácil, seja um pouco menos difícil, mas pro pai é mais pesado e mais vergonhoso. De qualquer forma, vivemos em democracia e acho que podemos conviver bem com as diferenças desde que não nos sintamos prejudicados por elas. Mª José