PARTE 1 - Luiz Gonzaga, o Rei do Baião (1912 – 1989)
A INFÂNCIA
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe à 12km de Exu, filho de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus (Mãe Santana). Foi batizado na matriz de Exu no dia 05 de janeiro de 1913, cuja celebração batismal, foi realizada pelo Pe. José Fernandes de Medeiros. Desde sua infância o pequeno Gonzaga namorava o fole de oito baixos, instrumento este, executado por “Pai Januário” no qual começou seus primeiros acordes.
LUIZ GONZAGA E SEU JANUÁRIO |
“Luiz de Januário” como era conhecido na infância, aos 8 anos de idade substitui um sanfoneiro que falhou no trato em festa tradicional no terreiro de Miguelzinho na Fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai. Naquela noite o pequeno Lula deleitava-se tocando e cantando a noite inteira, e pensava na possibilidade de Dona Santana deixar ele tocar mais vezes. Luiz Gonzaga tocava feliz porque era a primeira noite que tocava com a permissão de “Mãe Santana”.
Naquela noite ele recebeu pela primeira vez o cachê de 20$000 rés. Luiz Gonzaga recorda as palavras de Dona Santana que pareciam ter uma esperança de tocar com sua permissão: “Luiz! Isso é gente pra tocar em dança? (…) E se o sono der nele pru lá?” Luiz Gonzaga ia crescendo, com sua simpatia e esperteza conseguiu agradar Sinhô Aires, passando a ser o garoto de confiança do Cel. Sua primeira sanfona era de marca “veado” comprada na loja de Seu Adolfo em Ouricori, Pernambuco, com a fiança do Cel. Manuel Aires de Alencar, o Sinhô Aires, custando 120$000 rés.
LUIZ GONZAGA E HUMBERTO TEIXEIRA |
(Em 1915 nasce no Iguatu, Ceará, Humberto Cavalcanti Teixeira que mais tarde se tornaria parceiro de Luiz Gonzaga.
ZÉ DANTAS E LUIZ GONZAGA |
Em fevereiro de 1921 nasce em Carnaúba, distrito de Pajeú das Flores, José de Sousa Dantas Filho que posteriormente se torna parceiro de Luiz Gonzaga.
DONA HELENA |
DONA HELENA E LUÍZ GONZAGA |
O padrasto da jovem, o senhor Raimundo Deolindo sabendo da inclinação do jovem sanfoneiro pela menina-moça, resolve impedir o namoro. Luiz Gonzaga muito magoado com a situação resolve então encará-lo num sábado na feira do Exu, e disse ‘as do fim!’. Foi por causa de “Nazinha”, como a chamava, que Gonzaga levou uma surra de Dona Santana, por ocasião de seu atrevimento com o senhor Raimundo Deolindo, fugindo de casa em 1930.
CONTINUA...
ESCRITO POR: Pe Fábio Mota
ESCRITO POR: Pe Fábio Mota
(Colecionador e pesquisador de Luiz Gonzaga)
E-mails: fabiomota1977@hotmail.com
2 comentários:
BELA HOMENAGEM EM MEMÓRIA DO NOSSO REI DO BAIÃO QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDO,DEIXOU SUA HISTÓRIA ,SUAS MUSICAS BELISSIMA CONTINUAM ALEGRANDO MUITA GENTE EM TODO BRASIL.
PARABÉNS AO BLOG PELA HOMENAGEM.
RITA ROCHA FEIRA NOVA PE
Luíz Gonzaga após 22 anos de sua partida, ainda continua presente na memória dos apaixonados e apreciadores da boa música nordestina. O que muitas vezes somos obrigados a ouvir (por vizinhos ou carroceiros de cd's e dvd's), são músicas de baixo calão e duplo sentido, muitas delas falando mal ou depreciando às mulheres e detalhe: faz sucesso; as vezes as próprias mulheres valorizam este tipo de música. É curioso como muitas coisas hoje são descartáveis e a nossa memória fraca! Johnny parabéns por resgatar as memórias hitóricas e musicais neste blog! Walkíria Araújo.
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