terça-feira, 1 de novembro de 2011

Enem: Alunos não acreditam que o exame seja cancelado e focam na segunda fase e na UPE


Na noite da última segunda-feira (31), a Justiça Federal no Ceará decidiu que 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) iriam ser anuladas, após a constatação de que o Colégio Christus, em Fortaleza, teve acesso às mesmas antecipadamente. A solução apontada pelo Ministério da Educação (MEC) é de que apenas os alunos da escola cearense refaçam a prova nos dias 28 e 29 de novembro, sem qualquer custo. No entanto, o procurador da República Oscar Costa Filho pede que o Enem ou as questões sejam canceladas por ferir a isonomia do exame. O MEC irá recorrer da decisão da Justiça, nos próximos dias, por considerá-la exagerada.

A presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, afirmou, em entrevista coletiva concedida ontem (31), que todos os estudantes e suas famílias podem se tranqüilizar porque as alegações do órgão foram fortes e estão convencidos de que o problema é restrito apenas ao grupo de alunos de um colégio em Fortaleza, e que não há necessidade de cancelar todo o exame. Os estudantes, por sua vez, estão focados nas provas da segunda fase da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e na Universidade de Pernambuco (UPE). Por isso, eles não acreditam que possa haver o cancelamento do exame, mas ainda pouco de sabe sobre o destino que será dado ao Enem.


“É melhor cancelar as 13 do que cancelar o Enem todo. Alguns professores estão nos dizendo que acham que vai ser cancelado e outros dizem que não vai ser porque todo ano tem um problema e tudo se resolve. Agora, só estou voltado para as minhas específicas da Federal e da UPE. Se tiver que fazer de novo o Enem, vou ficar muito estressado“, afirmou o estudante do terceiro ano do Colégio Rosa Gattorno, Filipe Arôxa. No Colégio Santa Maria, os alunos Pedro Moreira e Alana Sarmento também acreditam que o exame continuará válido e dizem que não há comentários dos professores sobre o acontecido.

“Agora só tenho aula para a UFPE e para a UPE. Eu até quero que tenha outro porque eu poderia me sair melhor, mas acho que não tem não”, comenta Pedro. Já Alana, também afirma que poderia ter feito melhor o exame, mas só de pensar em tê-lo que realizar de novo já se estressa novamente. “Vai ser um saco ter que fazer de novo, não quero que anule. Só comentaram no cursinho sobre isso uma vez, está todo mundo focado na segunda fase e na UPE”, diz.
Da Folha de Pernambuco Digital

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