VEREADOR PEDRO QUEIROZ |
CEMITÉRIO SÃO SEBASTIÃO |
No último dia 16 de outubro o vereador Dr. PEDRO QUEIROZ entre vários pontos citados um foi sua crítica a superlotação do referido CEMITÉRIO, pois hoje as “GAVETAS” estão cada vez mais altas. E o mesmo colocou a possibilidade de privatização de um novo cemitério.
Polêmicas a parte coloco hoje nesse dia de reflexão, pois, lembramos daqueles que já se foram os nossos entes queridos a história do Cemitério Municipal.
Ocorre-me a seguinte pergunta: Os nossos entes queridos merecem ou não serem respeitados? Países do primeiro mundo, os mortos são cultuados, reverenciados, com respeito e por que aqui em nossa cidade ainda continua essa falta de zelo.
Nem o tumulo do construtor do cemitério não se tem respeito. Espero que o mais rápido possível a administração pública construa ou privatize um novo cemitério para nossa cidade. A superlotação que tanto o Dr. PEDRO QUEIROZ denuncia já não era novidade há pelo menos 152 anos atrás, como mostra o texto abaixo.
DENÚNCIA DE SUPERLOTAÇÃO HÁ 152 ANOS ATRÁS
Em 1859, o Vigário de Santo Antão, Francisco Xavier dos Santos, oficiava à Câmara insistindo pela urgente construção do Cemitério, dizendo que “as sepulturas eram abertas ainda frescas e antes dos prazos estabelecidos”, para atender a novos sepultamentos, foi dito ofício encaminhado ao Governo Provincial.
RECURSOS DOADOS POR D. PEDRO II
Na visita de D. PEDRO II naquele mesmo ano sua majestade doou à Câmara um conto de réis para a obra do cemitério, e igual quantia para o abastecimento d’água, os dois problemas de maior importância para a salubridade local.
VEREADOR GOES CAVALCANTI AUTOR DO PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DO CEMITÉRIO
Na sessão de 02 de agosto de 1861, propôs o vereador Goes Cavalcanti fosse o cemitério localizado no sítio CRUZ DAS ALMAS, “que oferecia todas as vantagens para Câmara, mas só em março de 1871 ela comprou a JOÃO FRANCISCO DE ARAÚJO, por duzentos e quarenta mil réis (240$000), um terreno, no dito sítio, medindo 60 braças quadradas.
OBRA DO CEMITÉRIO ORÇADA A 8 CONTOS DE RÉIS
Após comunicar em 06 de agosto de 1872 a Câmara da Província, a administração publica resolve construir o cemitério com recursos próprios.
O referido cemitério assim foi planejado: “terá alicerces de quatro palmos de largura e de profundidade, muro com paredes dobradas de sete palmos de altura, portão de ferro com 14 palmos, pequena casa para os empregados e uma Capela com simplicidade”.
CUSTO DOS MATERIAS DE CONSTRUÇÃO
Um milheiro de tijolos quarenta mil réis, ma carga de areia, duzentos e quarenta réis; uma de água, quarenta réis, tudo posto na obra; um dia de servente um mil réis, e o de pedreiro, de dois mil e quinhentos a três mil réis.
A PEDRA FUNDAMENTAL
No dia 08 de abril de 1873, em ato solene e público, foi lançada a pedra fundamental, iniciando-se, logo depois, a construção.
O portão de ferro foi comprado, no Recife, à firma CAMPOS RAPOSO & Cia., por 250$000, adquirindo-se mais duas pedras de molduras e seis para cravação, sobre as quais devia o mesmo ser assentado.
As IRMANDADES DAS ALMAS E DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO requereram e obtiveram licença para construir suas catacumbas.
TEXTO ORIUNDO DO LIVRO HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE, LIVRO DO PROFESSOR JOSÉ ARAGÃO.
POSTADO POR JOHNNY RETAMERO
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