Fonte: Agência Brasil
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai pagar pela troca de próteses de silicone de seios que estejam rompidas em mulheres com implantes das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil. Serão atendidas pacientes que fizeram o implante para reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública ou particular.
A informação foi divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), na quarta-feira (11). O Ministério da Saúde já havia informado que o atendimento estava garantido para as pacientes com problemas nos implantes, desde que não fosse por motivos estéticos. A rede pública faz cirurgias de implantes de silicone nos seios somente para reparação.
A determinação é da presidenta Dilma Rousseff, segundo o diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano. “A partir do momento que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, disse Barbano, após reunião com representantes dos cirurgiões plásticos e mastologistas.
A rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a colocação de outra, conforme Barbano. Estima-se que 12,5 mil brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.
Segundo a ANVISA, 39 mulheres enviaram queixas a agência de ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores e deformidade no implantes e, após exames, foi constatada a ruptura. As usuárias, segundo o diretor, já fizeram a troca do implante.
A ANVISA e os médicos farão um rastreamento das pacientes para chamá-las para avaliação clínica. Ainda nesta quarta-feira, deve ser divulgado um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados.
A agência reguladora mantém a posição que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura ou risco aparente e descarta uma retirada preventiva, como foi recomendada pelo governo francês e a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.
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