Da Agência Estado
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imagem: sbcbrasil.com.br |
Os efeitos
da crise econômica sobre os países emergentes e a criação de um banco comum com
o objetivo de fomentar investimentos serão alguns dos temas que estão na pauta
de discussão da 4ª reunião dos Brics, grupo de engloba Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul, a partir da próxima quarta-feira, em Nova Délhi.
A viagem da
presidente Dilma Rousseff incluirá uma visita oficial à Índia, com discussões
bilaterais que visam aumentar o comércio entre os dois países dos atuais US$
9,1 bilhões para US$ 15 bilhões, até 2015. Paralelamente
aos Brics serão realizados dois fóruns financeiros para analisar possibilidades
de estímulo ao comércio, que hoje é da ordem de US$ 250 bilhões. Um deles será
com a presença de presidentes ou representantes de bancos centrais dos cinco
países, e o outro, com ministros da economia.
Sessenta
empresários também acompanharão a presidente Dilma na visita. Os integrantes do
grupo querem consolidar os Brics como referência no cenário econômico e
político internacional, tomando posições conjuntas, para fortalecer as ideias
defendidas pelos emergentes.
Em
entrevista no Itamaraty, a subsecretária geral de política do Ministério das
Relações Exteriores, a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, disse que a
cúpula será realizada em um "momento sensível e delicado" para a
economia mundial, com a crise do euro, sem um horizonte para ser definida. A
presidente Dilma já esboçou sua preocupação com a enxurrada de euros que está
sendo despejada pelos países europeus, pressionando a economia dos países em
desenvolvimento e derrubando as moedas locais.
DOHA - No
encontro, a presidente Dilma e os demais integrantes do bloco voltarão a
discutir a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo a
embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, o fato de a Rússia ter sido
admitida, no ano passado, como membro da organização que regula o comércio
mundial, abre uma nova perspectiva para os Brics em relação à Rodada Doha,
suspensa desde 2008 em virtude dos impasses quanto aos subsídios agrícolas dos
países desenvolvidos e as barreiras impostas pelos emergentes a serviços e
produtos industrializados dos países ricos.
A
presidente Dilma embarca no domingo à noite e só retorna ao Brasil no domingo
1° de abril. Além da cúpula dos Brics, a presidente Dilma terá reuniões
bilaterais com os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, da China, Hu Jintao,
da África do Sul, Jacob Zuma, e com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan
Singh.
Na
sexta-feira, dia 30, Dilma será recebida pela presidente da Índia, Pratibha
Patil. Durante os encontros com os indianos serão assinados acordos bilaterais
de cooperação técnica, meio ambiente, cultura, promoção da igualdade de gênero
e avanços na área científica e tecnológica. Dilma poderá se reunir ainda com o
líder da oposição do país.
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