São R$ 73
bilhões em dívidas que não são pagas há mais de 15 dias, valor que saltou 44%
nos últimos 12 meses
Desde a
crise passada, brasileiros nunca tiveram tantas dívidas em atraso nos bancos.
Dados do Banco Central mostram que, em fevereiro, a cada R$ 100 emprestados às
pessoas físicas, R$ 14,02 estavam com atraso superior a 15 dias nos pagamentos.
Esse é o pior desempenho desde setembro de 2009. Ao todo, são R$ 73 bilhões em
dívidas que não são pagas há mais de 15 dias, valor que saltou 44% nos últimos
12 meses.
Os bancos
explicam que o recorde nos calotes da pessoa física tem feito com que as
instituições fiquem mais rigorosas na oferta de crédito, ao aplicar prazos
menores, juros maiores e mais requisitos para liberar o empréstimo.
Na
quinta-feira, o vice-presidente da Associação Nacional de Empresas Financeiras
das Montadoras (Anef), Gilson Carvalho, disse em Brasília que, atualmente, de
cada dez pedidos de financiamento, cinco são recusados pelas instituições
financeiras. Há alguns meses, a recusa era menor, de três a cada dez pedidos.
Entre as
demais linhas de crédito, a tendência também é de aumento do volume de
pagamentos em atraso. No cheque especial, os casos em que clientes ficam mais
de 15 dias seguidos com o uso do limite da conta já somam 15,4% das operações
ou R$ 3,39 bilhões em fevereiro. Um ano antes, 12% dos clientes usavam o cheque
em mais de metade do mês.
Em
trajetória semelhante, os atrasos de mais de 15 dias já somam 10,5% de todos os
empréstimos de crédito pessoal realizados pelos bancos brasileiros, porcentual
que equivale a R$ 25,9 bilhões. Um ano antes, a fatia era de 8,7% das operações
com pagamento atrasado há mais de duas semanas. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
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