Do Correio Braziliense
Os gastos
do brasileiro com educação vêm aumentando e sinalizam que as próximas gerações
serão mais preparadas para alavancar o desenvolvimento do país e equiparar-se
às nações desenvolvidas que tiveram na educação a variável mais importante para
a qualificação profissional, o desenvolvimento da indústria, adotando novas
tecnologias e inovação. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e
Estatística (Ibope) Inteligência mostra que este ano o brasileiro vai gastar R$
49,55 bilhões com educação básica e superior, ou seja, 13,5% a mais em
comparação com 2011.
O gasto per
capita atingirá R$ 303,92. Esses resultados mostram um aumento em relação ao
ano passado, quando o gasto total foi de R$ 43,61 bilhões e o per capita, de R$
267,68. Os dados, divulgados no Dia Mundial da Educação, em 28 de abril, foram
estimados pelo Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope
Inteligência.
O Instituto
informa ainda que a classe B, responsável por 24,45% dos domicílios urbanos, é
a que apresenta maior potencial de consumo no segmento: 58,26%. A classe C, com
52,38% dos domicílios em áreas urbanas, responde por 18,67% do potencial de
consumo da categoria, enquanto a classe A (2,6% dos domicílios) tem potencial
de 21,55% e a DE (20,58% dos domicílios), de 1,53%.
A família
de Luiza Dunguel, de 36 anos, professora de educação física e que estuda para
fazer concursos públicos, conta que ajuda nas despesas que ela tem com a
formação da filha adolescente de 15. Vanessa Dunguel cursa o ensino médio, que
custa cerca de R$ 1,5 mil por mês. Também frequenta aulas de inglês, com uma
despesa adicional de R$ 340 mensais. As aulas de balé custam mais R$ 340
mensais.
"Gastamos
bastante com a educação da Vanessa. Temos que colocar também o combustível que
gastamos para vir até a escola", disse. Ela lembrou que Vanessa é a neta
mais velha e que os avós e tios fazem questão de pagar as mensalidades da
escola.
O
engenheiro mecânico Helder de Souza Werneck, de 49 anos, considera a educação
como um dos melhores investimentos. Ele tem duas filhas, Gabriela de 14 anos e
Tainá de 19, e gasta em média com cada uma R$ 1.600 por mês. “Uma está na
escola e a outra faz cursinho de vestibular. Além disso, pago por eventuais
aulas de reforço particular e curso de inglês”, explica o engenheiro, que
incentiva as filhas a focarem no estudo como meio de crescimento. “Por
experiência própria. Inicialmente fui incentivado por meus pais e mais tarde eu
mesmo procurei investir na minha educação, fazendo pós-graduação, mestrado e
melhorando o inglês. Sei que foi a melhor coisa que eu fiz”, completa.
Regiões
Por região,
o estudo mostra que o Sudeste tem o maior potencial de consumo, com 56,85%,
seguido do Sul (15,32%) e do Nordeste (14,86%). O Centro-Oeste tem um potencial
de 8,31% e o Norte, de 4,66%. Com relação ao consumo per capita, a estimativa
de gasto no Sudeste é de R$ 373,07 por ano, seguido do Sul (R$ 323,48) e do
Centro-Oeste (R$ 322,87). A região Norte aparece com um consumo de R$ 192,88 e
o Nordeste, com R$ 187,18.
O cruzamento
de dados por região e classe social mostra que a classe B do Sudeste tem o
maior potencial de consumo, com R$ 17,30 bilhões, e a classe D/E da Região
Norte o menor, com R$ 60 milhões.
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