Fonte:
AFP
O
líder cubano Fidel Castro criticou nesta sexta-feira (4) o presidente americano
Barack Obama por assumir o papel de "tribunal" e
"carrasco", em referência à operação que levou à morte de Osama Bin
Laden.
"Ao
completar o primeiro ano do assassinato de Bin Laden, Obama compete com seu
adversário (o republicano) Mitt Romney na justificação daquele ato perpetrado
numa instalação próxima à Academia Militar do Paquistão, um país muçulmano
aliado dos Estados Unidos," afirma Fidel em mais um artigo publicado na imprensa
oficial.
"Ninguém
que é honesto jamais estará de acordo com os atos terroristas, mas por acaso
tem o presidente dos Estados Unidos o direito de julgar e o direito de matar?
De converter-se em tribunal e, ao mesmo tempo, em carrasco e realizar tais
crimes, num país e contra um povo situados do lado oposto do planeta?".
"Não
há dúvidas de que Obama foi cristão (...) mas viajou rapidamente ao Afeganistão
como se o mundo ignorasse os assassinatos em massa, a queima de livros que são
sagrados para os muçulmanos e os ultrajes aos cadáveres das pessoas
assassinadas", enfatizou.
Fidel
criticou igualmente os "colossais gastos da guerra de Obama que o mundo
paga".
"Quem
arca com esse enorme gasto, que já passa dos 15 milhões de dólares? Isso é o
que oferece à humanidade o ilustre Prêmio Nobel da Paz", concluiu.
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