Do folha.uol.com.br
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| imagem: cancaonova.com |
Cerca de 12
mil pessoas participaram neste domingo (20) das comemorações pelos dez anos de
canonização de santa Paulina, em Nova Trento (85 km de Florianópolis). Devotos
de todo país lotaram o santuário nas quatro missas realizadas. Segundo a
organização do santuário, cada missa teve a presença de cerca de 3.000 pessoas.
A procissão que estava programada para passar pelos principais locais onde a
santa viveu e atuou teve que ser reduzida por causa da forte chuva que atingiu
a cidade. Mas o tempo não desanimou centenas de peregrinos. Do município de
Brusque saíram 300 pessoas por volta das 5h da manhã. Andaram 28 quilômetros
até chegar ao santuário.
Santa Paulina
nasceu em 1865 na Itália. Aos nove anos, migrou com a família para o Brasil.
Passaram a viver em Nova Trento, onde iniciou a vida religiosa. O nome de
batismo, Amábile Lúcia Visintainer, foi trocado pelo de irmã Paulina do Coração
Agonizante de Jesus. Em 1890, a madre foi uma das fundadoras da Congregação das
Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que está presente em dez países,
principalmente da América Latina e África.
"Santa
Paulina dedicou a vida a cuidar de doentes e crianças e deu belos exemplos de
humildade", conta a diretora do santuário, irmã Maria Adelina da Cunha. Aos
38 anos, madre Paulina se mudou para São Paulo, onde passou a cuidar
principalmente de filhos de ex-escravos. Foi também em São Paulo que ela passou
por graves problemas de saúde. Era diabética e teve um braço amputado pela
doença. Morreu aos 77 anos.
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| imagem: famapabrasilia.wordpress.com |
Mais de
duas décadas depois de sua morte ocorreu o primeiro milagre atribuído a madre
Paulina: a melhora de Eluíza Rosa de Souza, de Imbituba (SC), que em 1966
sofreu uma hemorragia em decorrência da morte intrauterina do feto.
O segundo
milagre foi a cura foi em 1992,de uma menina de apenas cinco dias de vida que
tinha nascido com má formação cerebral. Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio
Branco (AC), passou por cirurgia e melhorou. O caso foi responsável por
transformar madre Paulina em Santa.
Além de
catarinenses, a maior parte dos devotos é do Paraná e de São Paulo, segundo
pesquisa da Santur (Santa Catarina Turismo), entidade do governo do Estado de
Santa Catarina. A pesquisa também indica que a maioria dos turistas é de classe
média e visita a cidade com a família. As demonstrações de fé emocionaram
moradores da cidade, entre eles familiares de santa Paulina. O único sobrinho
vivo, Alexandre Wisentainer, 95, levou filhos e netos ao santuário. Ele diz que
se lembra de vários momentos com a tia. "Ela ajudou muita gente. É um
orgulho enorme", diz Wisentainer.
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| imagem: litoraldesantacatarina.com |



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