Fonte:
AFP
O
chamado colesterol "bom", que fortaleceria a saúde cardiovascular, é
questionado por um estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista The
Lancet.
Segundo
a pesquisa, não há provas de que altas concentrações de colesterol de
lipoproteinas de alta densidade (HDL) estejam diretamente vinculadas a um menor
risco de ataque cardíaco.
A
concentração de HDL é um dos parâmetros importantes da análise do sangue, do
mesmo modo que o colesterol "mau" (lipoproteinas de baixa densidade
ou LDL), considerado um fator de obstrução das artérias.
O
estudo analisou o risco de ataque cardíaco em pessoas com perfil genético que
predispõe a altos níveis de HDL, que deveriam apresentar menores níveis de
acidentes cardíacos, mas após a avaliação de 12.500 indivíduos com antecedentes
de ataque cardíaco e 41 mil sem, os pesquisadores descobriram que não era o
caso.
Os
resultados são importantes porque questionam o uso de medicamentos
administrados para incrementar os níveis de colesterol HDL, geralmente com
efeitos colaterais.
"Estes
resultados revelam que algumas formas de incrementar o colesterol HDL podem não
servir para reduzir o risco de infarto do miocárdio nos seres humanos",
disse Sekar Kathiresan, do Hospital Geral de Massachusetts e da Faculdade de
Medicina de Harvard.
"Se
um medicamento aumenta o nível do colesterol HDL, não podemos deduzir
automaticamente que reduzirá o risco de infarto do miocárdio".
A
pesquisa concorda que o colesterol "mau" segue como um indicador de
risco cardíaco.
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