Da
Agência Estado
O
governo ainda não desistiu de impor uma idade mínima para as aposentadorias
ligadas ao INSS. Em reunião com os líderes de partidos da base no Ministério da
Fazenda, interlocutores do governo pediram prazo até o dia 10 de julho para
apresentar uma proposta em substituição ao fim do fator previdenciário. A
rodada de negociação foi provocada pela decisão do presidente da Câmara, Marco
Maia (PT-RS), anunciada aos líderes de por o tema no plenário na próxima
semana.
Os
deputados querem votar o projeto que acaba com o fator previdenciário e
institui a regra apelidada de 85/95. Essa proposta tem o apoio das centrais
sindicais. Por essa fórmula, para se aposentar com o teto do benefício, a soma
da idade e do tempo trabalhado deve chegar a 85 anos, no caso de mulheres, e 95
anos, se homem. O fator previdenciário é o mecanismo usado para definir o valor
do benefício que leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa
de vida do trabalhador. A regra faz com que os trabalhadores se aposentem mais
tarde para obter o teto da aposentadoria.
Na
rodada de conversa de ontem, quarta-feira (27), o governo ponderou sobre a
necessidade de instituir uma idade mínima para aposentadoria para valer no
futuro, não atingindo os trabalhadores que já estão no mercado, e uma
atualização periódica da regra 85/95. O líder do PDT, André Figueiredo (CE),
disse que o governo pretende instituir uma reavaliação dessa fórmula,
considerando o aumento da expectativa de vida do trabalhador. "Nós vamos
avançar na discussão até o dia 10 de julho e levar a proposta ao plenário no
mês de agosto. Vamos votar em agosto independentemente de chegar a um acordo ou
não", afirmou Figueiredo.
Participaram
da reunião com os líderes, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da
Previdência, Garibaldi Alves Filho, de Relações Institucionais, Ideli Salvatti,
e os secretários-executivos Nelson Barbosa (Fazenda) e Carlos Gabas
(Previdência).
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