Do Diário de
Pernambuco
No maior
congresso mundial sobre câncer, o encontro da Sociedade Americana de Oncologia
Clínica (Asco), realizado nesta semana, em Chicago (EUZ), cientistas
apresentaram dois novos tratamentos promissores para o câncer de pele melanoma
avançado. Apesar da baixa incidência — no Brasil, representa apenas 4% das
neoplasias malignas desse órgão —, a doença é bastante agressiva e, até agora,
só existe um medicamento no mercado para combatê-la. Os efeitos dos novos
fármacos, ainda em fase experimental, foram comparados à quimioterapia
tradicional e alcançaram resultados mais favoráveis.
Combinadas,
as substâncias trametinib e dabrafenib neutralizam a proteína MEK, responsável
por fazer o tumor crescer, e inibem a ação do gene mutante BRAF, que está
presente na metade dos casos de câncer de pele melanoma. É por causa dessa
variante que as células começam a crescer de maneira desordenada e a se
espalhar pelo organismo. “Esse é o primeiro tratamento de uma nova classe de
medicamentos que pode beneficiar os pacientes que sofrem um melanoma com uma
mutação do gene BRAF”, disse a médica Carolina Robert, que dirige o serviço de
Dermatologia do Instituto Gustave Roussy de Paris, principal autora do estudo,
no qual as duas substâncias foram avaliadas. “Os resultados desse estudo clínico
demonstrou que atacar a proteína MEK é uma estratégia viável para tratar muitas
pessoas com melanoma”, assegurou.
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