sexta-feira, 20 de julho de 2012

Estudante de direito é preso por aplicar golpes com cartões clonados


Produtos apreendidos com acusado / Foto: Simone Graf/JC

Um estudante de direito da Unip, do Rio Grande do Norte, foi preso, na tarde da última quinta-feira (19), em Abreu e Lima, Grande Recife, acusado de utilizar cartões clonados para aplicar golpes em estabelecimentos pernambucanos. De acordo com a polícia, Hudson Lopes de Melo, 28 anos, veio de Natal para fazer compras com cartões clonados na Região Metropolitana do Recife (RMR). Com ele, policiais da Delegacia de Abreu e Lima encontraram celulares de última geração e moduladores de som (cada um custa, em média, R$ 1,6 mil). Apenas durante a quinta-feira (20), Hudson gastou mais de R$ 8 mil em estabelecimentos pernambucanos.

Além de Hudson, a polícia também prendeu o técnico hidráulico Aldo Cordeiro da Costa, 29 anos. Ele estava com Hudson na hora da abordagem e tentou subornar os policiais, oferecendo um dos celulares comprados com os cartões clonados.

"Eles passaram toda a quinta-feira fazendo compras com dois cartões clonados do Hiper, os dois em nome de Hudson. Compraram vários objetos de valor, totalizando mais de R$ 8 mil. Quando voltavam para o Rio Grande do Norte, resolveram parar em uma loja da Boticário localizada no Centro de Abreu e Lima para aplicar mais um golpe e acabaram detidos", informou o delegado Albéres Félix, titular da Delegacia de Abreu e Lima.

A dupla foi presa graças à desconfiança do gerente do Boticário. "Eles fizeram uma compra de perfumes que ultrapassava os R$ 2 mil. Mas, como tinha dois cartões clonados, Hudson confundiu-se ao digitar as senhas e o cartão acabou bloqueando, por medida de segurança. O gerente desconfiou e chamou a polícia", completou Albéres Félix.

Ao serem abordados, Aldo ofereceu um celular para que os policiais os liberassem. "Apenas Hudson seria preso, mas como Aldo ofereceu o suborno, também foi detido", finalizou o delegado. Um terceiro rapaz, um estudante de jornalismo do Rio Grande do Norte, também estava com os dois acusados, mas acabou liberado por falta de provas. Mesmo assim, continuará sendo investigado.

Hudson confessou que comprou oos cartões clonados a um rapaz de São Paulo, mas não citou o nome. Cada um dos cartões custou R$ 100 e foi enviado pelos Correios.

Hudson e Aldo foram autuados em flagrante por falsificação, estelionato e corrupção ativa. Ambos seguiram para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
Do JC Online

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