Do estilo.br.msn.com, por Madson Moraes
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O
mais novo solteirão da praça é o quase cinquentão Zezé di Camargo. O cantor
anunciou recentemente sua separação da esposa Zilu, que mora em Miami. Nos
últimos meses, o casamento havia sido alvo de boatos e até fotos do sertanejo
ao lado de uma loira caíram na rede, mas ele negou qualquer tipo de
envolvimento. Até que, em uma entrevista, o cantor deu a seguinte declaração:
"Não existe homem fiel, existe homem em momento fiel", afirmou.
Após
isso, foi a vez de Zilu declarar à revista "Caras" que o casal vivia
um "relacionamento aberto". Ao ser questionado sobre a declaração da
esposa, Zezé afirmou que a esperava chegar para explicar isso. Na entrevista ao
Fantástico que foi ao ar no último domingo (12), o cantor abriu o jogo e
assumiu a separação. Além disso, afirmou que ambos já não viviam mais como
marido e mulher há dois anos.
Se
ambos tinham ou não um casamento aberto, é outra questão. O que acontece é que
viver uma relação mais aberta e sem tantos laços fixados tem sido uma
alternativa para casais. Mas como funciona exatamente um relacionamento aberto?
"Nele, o casal decide que ambos estão dispostos a outras situações
sexuais, a monogamia não existe e sempre existirá regras que o casal irá
estabelecer", explica a psicanalista Taty Ades, autora dos livros
"Hades – Homens que Amam Demais" e "Escravas de Eros – Como
erguer sua autoestima e se libertar de homens complicados", ambos
publicados pela Editora Isis.
Não
se envolver emocionalmente com outra pessoa, não guardar número de telefone ou
ver a pessoa por mais de uma vez são algumas regras preestabelecidas pelo
casal. Geralmente, explica a psicanalista, nesse tipo de relação é estabelecido
que o sexo é permitido, mas não o envolvimento afetivo e emocional. Dessa
forma, cada casal irá estabelecer as suas próprias regras dentro de seus
limites em comum.
Poligamia X relacionamento aberto
Uma
vez que não há envolvimento amoroso, o relacionamento aberto difere em que da
poligamia? Taty explica que, na poligamia, o afeto não está sendo colocado em
questão porque é natural que ele exista com diversas pessoas. É possível
encontrar casais polígamos que se unem com diversas outras pessoas e constituem
uma espécie de vínculo afetivo e sexual com todas elas. "A poligamia
acontece muito em regiões onde o cultural difere da nossa e o homem pode ter
várias esposas. Um exemplo disso são os árabes que podem ter quantas esposas
puderem pagar e sustentar", observa a psicanalista.
Dessa
maneira, o que difere a poligamia para a relação aberta é que, no segundo caso,
a mulher tem o direito também a ter outros contatos fora do relacionamento
estável e há um "contrato" onde o casal estipulará normas que vão de
encontro com o que ambos querem. Essas regras, continua Taty, são feitas para
que o casal estabeleça o que poderá acontecer ou não e também para que não
exista a sensação de traição.
"Muitas
pessoas estão aderindo a esse tipo de relação justamente pelo medo da traição.
Quando se fica estipulado o que pode ou não ser feito dentro dessa liberdade e
ninguém viola esse 'acordo', não existirá a traição, mas mesmo assim poderá
acontecer de uma das partes se sentir traída e raivosa. Não podemos nos
esquecer que estamos lidando com emoções. No geral, as regras não são capazes
de controlar sentimentos, medos e angústias", garante Taty.
Para
o casamento aberto vale a mesma coisa. A psicanalista ressalta que o casamento
aberto é "tornar legalmente aceita" essa procura de outros parceiros.
Segundo ela, também não há regras definidas e elas dependem do acordo
estabelecido. "Por exemplo: deve um parceiro contar ao outro quando se
relacionou com alguém? É aberto para os dois parceiros? Enfim, cada contrato
entre parceiros de casamento aberto tem suas características próprias que
definem até onde se pode ir sem pisar na bola", acrescenta.
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