Do
NE10
Num
jogo em que quase tudo deu errado no primeiro tempo, o Sport reagiu no segundo
e conseguiu dois feitos no Campeonato Brasileiro: pela primeira vez conseguiu
duas vitórias seguidas e conquistou seu segundo triunfo fora de casa ao bater o
Atlético-GO por 1x0 no domingo (21), no Serra Dourada. O resultado fez o time
chegar a 33 pontos, três a menos que o Bahia, 16º colocado e primeira equipe
fora da zona de rebaixamento. O Leão é o 17º.
Apesar
de contar com a maioria de reservas, o Atlético-GO não se intimidou e
pressionou o Sport em seu campo defensivo nos primeiros minutos. Com uma boa
marcação nos volantes, principalmente em Rithelly, os rubro-negros ficaram sem
saída de jogo. Os dois homens dos lados - Cicinho e Reinaldo - também não
conseguiam evoluir. Pelo ritmo das duas equipes parecia que o Sport é quem
estava entregue e mais preocupado com a Sul-Americana e o Atlético alimentava
chances de fugir do rebaixamento.
Para
piorar, a estratégia do técnico Sérgio Guedes começou a ruir quando Diego Ivo
machucou-se e teve que dar lugar a Moacir. Tobi foi recuado para a zaga. Menos
de cinco minutos depois, Renan Teixeira saltou de mau jeito e machucou o joelho
esquerdo. Bruno Aguiar entrou e lá se foi Tobi de volta para o meio.
No
momento em que Renan era atendido e Bruno ainda não entrara, o lateral-esquedo
Mahatma Gandhi tabelou com Diogo Campos e entrou na área. Gilsinho o acompanhou
e não teve outra alternativa a não ser cometer o pênalti. Patrick foi para a
cobrança e chutou forte buscando o canto esquerdo. Saulo caiu bem e fez a
defesa. Emocionado pelo feito, o goleiro foi às lágrimas.
Essas
nuvens pesadas sobrevoaram o campo leonino num espaço de apenas nove minutos.
Mas nem assim os pernambucanos acordaram. Hugo pouco se apresentava. Felipe
Azevedo terminou fazendo o papel de meia. Isso quando não partia sozinho e
arriscava algum chute.
Além
de alguns jogadores em maré baixa, o Sport pecou muito coletivamente. Muito
passivo na marcação, só apertava os jogadores goianos a partir da linha
central. Laterais e volantes tinham toda liberdade para raciocinar a saída de
jogo.
O
despertador tocou no intervalo e o Sport entrou em campo no segundo tempo - em
corpo e espírito. Marcou e mais adiantado. Foi assim que nasceu o gol. Gilsinho
aproveitou a bobeira na saída de bola adversária e invadiu a área. Serviu
Felipe Azevedo no lado direito. O camisa 11 cruzou na medida para Hugo fazer
1x0. O gol foi de cabeça, assim como o de Bruno Mineiro que levou o Leão à
Série A, e, mais coincidência ainda, na mesma barra.
Apenas
três minutos depois, num lance em que ninguém dava nada, Rithelly deu um susto
no goleiro Roberto. Arriscou levantar a bola na área e ela bateu no travessão
antes de sair. Diferente da etapa anterior, o Sport valorizou a posse de bola,
trocou passes e manteve o Dragão longe do gol de Saulo.
Aos
18 minutos, Rithelly apareceu na área atleticana levando perigo novamente.
Felipe Azevedo foi à linha de fundo e serviu Gilsinho. Ele apenas ajeitou para
Rithelly chegar batendo por cima.
O
problema é que as chances de ampliar não chegaram e o tempo passou. Era
inevitável que o Atlético fosse para o tudo ou nada e o Sport recuasse
perigosamente. O time da Ilha praticamente limitou-se a rebater as bolas
cruzadas pelo adversário. Time este que, diga-se de passagem, mostrou
limitações dignas da posição que ocupa na competição.
Ficha
do jogo:
Atlético-GO:
Roberto; Rafael Cruz, Reniê, Gustavo e Mahatma Gandhi; Carlos (Dodó), Marino,
Ernandes e Luciano (Danilinho); Patrick (Alexandre) e Diogo Campos. Técnico:
Artur Neto.
Sport:
Saulo; Cicinho, Diego Ivo (Moacir), Aílson e Reinaldo; Tobi, Renan Teixeira
(Bruno Aguiar), Rithelly e Hugo (Hugo); Gilsinho e Felipe Azevedo. Técnico;
Sérgio Guedes.
Campeonato
Brasileiro da Série A. Local: Serra Dourada, Goiás. Árbitro: Péricles Bassols.
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas e Carlos Emanuel Manzolillo. Gol: Hugo, aos
três minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Gilsinho.
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