quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Contrariando decisão da Justiça,15 mil trabalhadores da Refinaria e da Petroquímica decidem manter greve

Polícia Militar usou balas de borracha 
para conter grevistas em Suape

Em assembleia encerrada por volta das 7h30 desta quarta-feira, cerca de 15 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquimica Suape decidiram que a greve permanece pelo menos até a próxima segunda feira (19), quando haverá nova reunião. 

A posição dos trabalhadores vai contra decisão proferida pelo pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que decretou, por unanimidade, a paralisação ilegal.

Pouco antes da assembleia, houve confronto entre os grevistas e a polícia. A confusão ocorreu quando membros do sindicato caminharam em direção à Refinaria para que os trabalhadores que se encontravam lá fossem liberados para participar da assembléia. Cerca de 30 soldados da Polícia Militar e outros 30 do Batalhão de Choque intervieram com bombas de efeito moral e balas de borracha. Alguns funcionários foram feridos.

O dia já começou tenso em Suape.



Por volta das 6h30, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) interditou a PE-60 (via que dá acesso ao complexo industrial portuário de Suape) para impedir que ônibus com os trabalhadores chegassem à refinaria e à petroquímica. A via foi liberada pouco depois.

Depois de caminhar cerca de 20 quilômetros do Portão 2 da Refinaria até o giradouro de Suape (conhecido como curva do boi) os trabalhadores paralisaram a via. Alguns caminhões tentaram furar o bloqueio e receberam pedradas dos manifestantes. Às 10h30 a via foi liberada, mas os grevistas ainda continuam no complexo industrial.

Diario de Pernambuco - Diários Associados

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